Com a queda da taxa de juros no Brasil de 14,25% para 5,0%, investidores de todos os bolsos sentiram a necessidade de buscar alternativas mais rentáveis de investimento. Em meio a esse cenário, o mercado de venture capital (investimento em empresas em estágio inicial que buscam desenvolver negócios escaláveis, principalmente com uso de tecnologias inovadoras) movimentou R$5,1 bilhões no Brasil em 2018 e também cresce no Espírito Santo. Na última semana, a startup capixaba Luma anunciou que captou R$2 milhões em rodada de investimento capitaneada pela Apex Partners. Entenda mais no vídeo em destaque.
Conversamos com Murilo Carvalho, CEO da Luma. “A proposta da Luma é revolucionar a educação por meio da tecnologia e do aprendizado com foco no aluno”, afirma. Ele entende que dentre todos os aspectos da nossa vida que mudaram nos últimos anos, o sistema educacional foi um dos menos beneficiados.
As escolas funcionam da mesma maneira – centrada no professor– há pelo menos 300 anos. Nessa perspectiva, a Luma inova ao trazer uma ‘escola individualizada’, isto é, um acompanhamento educacional particular adaptado ao ritmo e capacidade de cada aluno, com um cardápio variado que vai de aulas de reforço escolar, preparatórios para vestibulares a aulas de inglês.
Segundo Murilo, aulas particulares ainda são vistas de maneira distorcida no Brasil, mas essa percepção é bem distinta no exterior. O private tutoring [aulas particulares] é uma ferramenta que o estudante americano, por exemplo, usa para aprofundar, consolidar seu processo acadêmico e escolar, não recorrendo a ela apenas em situações de dificuldade.
Agora, com o modelo de negócio validado, a equipe da Luma utilizará os recursos captados para alcançar vôos mais altos. O objetivo é desenvolver a área de tecnologia da startup e expandir a atuação em cidades como Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo.
A equipe está confiante na escalabilidade do modelo e está focada em entregar resultados: até hoje, professores vinculados à Luma já ministraram 6320 aulas particulares para 615 famílias de 8 cidades diferentes. “Conseguimos fazer uso da tecnologia para captar em um mês a quantidade de alunos atendidos anualmente por um pré-vestibular físico, por exemplo.” conclui Murilo.
O Instituto Líderes do Amanhã realizou na última quinta (31) e sexta (01) a 7a edição do Fórum Liberdade e Democracia. O evento, consolidado como um dos maiores espaços para debate de ideias no estado, reuniu lideranças empresariais e referências nacionais de economia. Mediado pelo assessor de investimentos Thiago Rizzo, o painel “Mercado Financeiro em Progresso” trouxe Ana Paula Vescovi (Santander Brasil), Anderson Chamon (PicPay) e Marcelo Flora (BTG Pactual Digital).
Os palestrantes ressaltaram a velocidade das transformações no mercado financeiro. Anderson Chamon destacou que o PicPay se tornou um “grande democratizador do mercado financeiro porque ajuda as pessoas desbancarizadas [45 milhões de brasileiros não possuem acesso à conta bancária] a acessarem o dinheiro”. Já Marcelo Flora destacou a posição do banco BTG Pactual como o “maior banco brasileiro sem agências” e comentou sobre o rápido crescimento do mercado de assessores de investimentos no Brasil a partir de 2014.
Os indivíduos são tomadores de decisões racionais e pela primeira vez na história econômica brasileira encontramos um cenário em que estruturalmente caminhamos para uma taxa de juros civilizada. Investidores buscarão mais risco para renumerar o capital e consumidores terão mais previsibilidade para consumir. Fórmula básica para o livre mercado agir em um pais com mais de 200 milhões de habitantes.
Por Fernando A.K. Cinelli (Founder e Presidente do Conselho de Administração da Apex Partners)
Com mais uma queda na taxa básica de juros do Brasil, a taxa Selic, investimentos conservadores como a poupança e fundos DI perdem para a inflação de 3,54%, projetada pelo Banco Central para os próximos 12 meses. Isso significa que se você aplicar R$1000 na poupança por um ano, descontada a inflação, irá terminar o ano com R$998. Já repensou seus investimentos?
Vale a pena ver o documentário ‘Betting on Zero’ disponível no Netflix. Conta a história do short-sell (short-sell é quando um investidor ‘opera vendido’, ou seja, aposta na queda de ações de uma determinada empresa) do megainvestidor americano William Ackman contra a Herbalife. Ackman apostou mais de $1 bilhão de dólares contra a empresa acreditando que se tratava de um esquema de pirâmide, mas o bilionário Carl Icahn, algoz de Ackman, atrapalhou a jogada. Coisa de cinema, mas aconteceu na vida real.
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