Como acelerar o seu negócio, segundo João Pedro Motta
Em 2019, muitos comemoraram a alta da bolsa e lamentaram a morte da renda fixa. Com a queda da taxa básica de juros para 4,5% ao ano (lembrando: em 2015 ela chegou a 14,25%), os brasileiros estão começando a buscar investimentos mais arrojados e diversificados, como fundos multimercados, ações, fundos imobiliários e investimentos no exterior. Hoje, reunimos as melhores e as piores aplicações de 2019.
RENDA VARIÁVEL
O ano de 2019 foi positivo para os fundos de ações. Todos os dez melhores fundos da categoria tiveram rentabilidade superior a 43%, em um período que a bolsa brasileira subiu pouco mais de 20%. O primeiro da lista, Guepardo Institucional, fez quase o dobro: 81% em 12 meses. Com a bolsa em alta, setores como Incorporadoras Imobiliárias, Saúde, Bancos e Saneamento foram os preferidos dos gestores no decorrer de 2019.
Os fundos multimercados, que investem em diversas classes ativos, como ações, títulos, moedas e commodities, se beneficiaram da valorização do dólar e do avanço de mais de 30% da bolsa americana (S&P 500) no ano. O líder dos multimercados foi o Logos Multimercado, cuja estratégia focada em ações proprocionou uma valorização de 68% em 12 meses e 182% acumulados nos últimos 3 anos. Com tendência mundial de buscar investimentos mais seguros, alguns multimercados também se beneficiaram pela alta demanda por ouro, que valorizou 25% nesse ano.
As ações brasileiras com maior valorização foram JBS, Marfrig, Magazine Luiza e B3. Entre as que mais perderam valor estão Suzano, Braskem, Ultrapar, Usiminas e CVC Viagens. Os fundos imobiliários (que investem em ativos imobiliários como shoppings, escritórios e galpões logísticos) também se destacaram com alta de aproximadamente 30% no ano até o momento, surfando a onda de retomada da economia que reduziu a vacância dos imóveis e impulsionou o varejo, trazendo aumento de faturamento para shoppings, por exemplo.
RENDA FIXA
Com a taxa básica de juros (Selic) nas mínimas históricas, a 4,5%, muitos declararam a morte da renda fixa em 2019. No entanto, existe um outro lado para esse investimentos.
Os títulos de renda fixa vinculados ao IPCA (Tesouro IPCA+) se comportam de maneira inversa aos juros, o que significa que em um cenário de queda na Taxa Selic eles se valorizam. Um fundo que investe nesses títulos é o Icatu Vanguarda Inflação Longa, que teve valorização próxima de 30% nesse ano, enquanto o CDI (referência da renda fixa) não chegou a 6%.
Os investimentos que rendem ‘100% do CDI’ cada vez mais se aproximam da inflação e com Selic a 4,5% ao ano, despontam para um cenário em que o investidor ficará no zero a zero em termos de ganhos reais (acima da inflação). No entanto, a poupança e os fundos com taxas de administração altas (não aceite nada muito acima de 1,0% a.a para um fundo de renda fixa) ficaram abaixo da inflação e resultaram em perda real de capital.
A reforma da previdência é sempre associada a necessidade de controlar o déficit e a dívida pública. Em particular, se falamos da aposentadoria dos funcionários públicos.
Temos ainda mais efeitos para lembrarmos. O primeiro, a reforma da previdência tende a distribuir renda. Hoje, todos nós pagamos impostos para financiar salários do funcionalismo público (em média, os maiores salários do Brasil). Assim, temos indivíduos de baixa renda pagando impostos para financiar os elevados salários dos funcionários públicos inativos e inativos. É o sistema tributário concentrando renda.
Outro efeito é sobre a poupança. Hoje os funcionários públicos não precisam poupar para a aposentadoria. Aposentam-se com salário integral e vinculado a ativa. Esta aposentadoria é paga pelos brasileiros. Com a reforma, em algumas décadas, todos os funcionários terão que poupar muito mais se querem garantir a elevada renda de aposentadoria que ganhariam hoje. A poupança doméstica deve aumentar!
A Olho do Dono esteve entre as dez startups do mundo inteiro que foram selecionadas para o evento Agriscape em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O CEO Pedro Henrique Mannato destaca que sua empresa, que faz a mensuração de gado através de uma câmera 3D, chamou a atenção de uma holding com 300 mil cabeças de rebanho.
Nesse ano, o Ibovespa acumulou uma alta de aproximadamente 23%, levando a bolsa dos 91 mil aos 112 mil pontos. As projeções das principais instituições financeiras do Brasil e mundo continuam bem otimistas para 2020. De acordo com uma pesquisa da Valor Pro, numa ponta temos o grande JP Morgan projetando 126mil pontos e na outra, a Mauá Capital e a Portofino Investimentos apostando nos 150 mil pontos para o ano que vem.
Quando as ações de uma empresa estreiam na bolsa de valores, todo o conselho da companhia se reúne para celebrar o chamado “IPO”. No entanto, uma outra sigla inglesa muito menos glamorosa, foi mais frequente em 2019: “OPA”, quando a empresa deseja retirar seus papéis da bolsa. Ainda que seja por irregularidades, o fechamento de capital geralmente é precedido por dificuldades nas companhias. Somente neste ano, no Brasil, foram realizadas nove OPA’s e 4 IPO’s, com destaque para Multiplus e Somos Educação. Nos últimos 21 anos, em apenas 3 deles a bolsa brasileira registrou mais aberturas que fechamentos de capital.
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