Casagrande anuncia privatizações e obra na 3ª ponte
Tarcísio Freitas é talvez o único Ministro incontestável do governo Bolsonaro. No primeiro encontro Folha Business, ele revelou no painel “Projeto Prioritário para o Brasil” algumas das ações que levaram a pasta de Infraestrutura das sombras para um dos Ministérios mais ativos e amados do governo. No evento, ele revelou com exclusividade as principais obras e concessões esperadas para o próximo ano no Espírito Santo. Entenda mais a seguir.
Como a infraestrutura ajuda a retomada econômica do país? Para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, é fácil exemplificar isso em números. No primeiro ano à frente da pasta, o engenheiro encerrou uma novela que durou 47 anos: o asfaltamento de uma importante BR de escoamento agrícola no Pará.
Com uma simples obra, o preço do frete diminuiu em 26%– afinal, os caminhoneiros começaram a fazer mais fretes por dia. Com isso, os produtores rurais puderam aumentar a safra e elevar sua renda. Para Tarcísio, “esse é um exemplo de como estamos usando a infraestrutura para reduzir o ‘custo brasil’. Uma infraestrutura robusta destrava a produtividade da nossa economia.”
Contudo, com um orçamento de apenas R$ 8 bi para seu ministério, Tarcísio não conseguiria realizar todas as obras de infraestrutura necessárias. “Para contornar esse obstáculo, temos que ser criativos e buscar apoio da iniciativa privada.”
Com esse modelo de gestão, a agenda de concessões foi lotada em 2019 e continuará sendo em 2020. No ano passado, Tarcísio capitaneou 27 leilões de concessão, que, segundo ele, é o mais sofisticado do mundo. “Protegemos as operações através de proteções contratuais e até ‘hedge’ cambial [proteção contra oscilação do câmbio]” explica.
Tarcísio revelou que em 2020, a meta é realizar a concessão de 40 a 44 ativos da União e ter 17 mil quilômetros de rodovias com administração privada.
Sobre o Espírito Santo, Tarcísio de Freitas disse que o Governo Federal deve entregar parte da duplicação da BR-262 ainda este ano. Segundo o ministro, o trecho mais crítico, de 52 quilômetros, deve ficar pronto. “A expectativa é que a gente licite em 2020 e 2021 a gente vai ter um novo concessionário” avaliou.
O ministro também afirmou que a concessão à iniciativa privada do Porto de Vitória está adiantada e que o ramal ferroviário da EF-118 (estrada de ferro que liga o município de Nova Iguaçu, na Região metropolitana do Rio de Janeiro, a Cariacica, no Espírito Santo) deve sair em breve.
Essa ferrovia fará conexão com a estrada de ferro Vitória-Minas, que também será concessionada. “A concessão da estrada de ferro Vitória-Minas que vai gerar R$ 1 bi de investimentos na ferrovia e usar a capacidade ociosa de portos e siderúrgicas, que contribuem para impulsionar a exportação de minério.
O Espírito Santo também ganha na aviação regional. Tarcísio revelou que os aeroportos de Linhares e Cachoeiro de Itapemirim receberão investimentos para aumentarem sua capacidade e possibilitar a chegada de vôos regionais.
Muitas pessoas no mundo corporativo ainda enxergam os controles internos nas organizações como “uma burocracia” para se atingir objetivos”, mas é exatamente o inverso: eles conectam a estratégia ao objetivo das companhias, facilitando o cumprimento do propósito da organização.
Afinal, o mundo corporativo é complexo e recheado de adversidades, sendo essencial uma gestão de riscos eficaz para evitar desvios éticos, de integridade ou mesmo corrupção na companhia.
Segundo o The Institute Internal of Auditors (IIA), o gerenciamento de riscos conta com um modelo denominado “As Três Linhas de Defesa”. Neste formato, há três instâncias, que são, por essência, ferramentas de gestão. Afinal, sem gestão não há estratégia que alcance o propósito da organização.
A primeira é aquela em que a própria gerência operacional detecta e mitiga os riscos de sua atuação. Assim, a gestão de riscos se materializa em sistemas e processos que estarão sob supervisão da própria gerência.
Já a segunda linha de defesa estabelece funções que possibilitam o desenvolvimento da primeira ao atuar por meio de controle financeiro e de acordo com diversos outros fatores, como a legislação, a segurança e a qualidade dos processos e sistemas.
Já a terceira se dá por meio de Auditoria Interna, sendo realizada por integrantes da própria companhia. Nela, os auditores atuam com independência da Alta Administração, se materializando na forma de um Comitê de Auditoria e fornecendo ao órgão de governança avaliações abrangentes, objetivas e imparciais. Essa auditoria interna possibilita a avaliação sobre a eficácia da governança, do gerenciamento de riscos e dos controles internos. Assim, ela proporciona maior eficácia a primeira e a segunda linha.
Portanto, para que as três linhas sejam eficazes elas precisam ser complementares e convergentes. Nesse sentido, a melhor forma para que as linhas de defesa cumpram seus objetivos é fazer com que as pessoas que compõe a organização atuem em conjunto a favor delas. Em outras palavras, há apenas uma solução: CULTURA.
O presidente da Apex Partners, Fernando Cinelli, presentou os palestrantes do 1º Encontro Folha Business com um dos livros de economia que mais admira: “A Ascensão do Dinheiro”, de Nial Ferguson.
Henrique Bredda, gestor da Alaska Asset, e Rafael Mazzer, sócio do BTG Pactual, com o presente de Fernando Cinelli em mãos. A obra é reconhecida como a maior referência do mundo em história econômica, e apresenta a história do mundo sobre a perspectiva financeira ao mostrar quais foram os impactos do dinheiro no desenvolvimento de nossas sociedades ao longo dos últimos 4 mil anos.
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