Vendas da Galwan crescem 60% em meio à crise
Na noite de ontem mediamos uma live com algumas das principais empresas de tecnologia da informação do Espírito Santo para discutir os impactos da pandemia de coronavírus no setor. Eles registram um aumento na demanda por serviços de tecnologia com o regime massivo de home-office e dizem que evitam demitir colaboradoras neste momento. Abaixo destaques do evento com Marlon de Paula (Liveconsult), Rodrigo Dessaune (ISH), Luciano Barcelos (Nexa), Emilio Barbosa (ACT!ON) e Niase Borjaille (MindWorks).
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Marlon de Paula, diretor da Liveconsult, pontua que a crise vai mudar a forma como empresas vão funcionar. Ele acredita que agora é o momento para as empresas gerarem valor aos seus clientes, buscando parcerias de longo prazo. A palavra de ordem é comunicação ativa e transparente.
Já Luciano Barcellos, VP de global sales da Nexa, observa que o setor de tecnologia está sendo requisitado pelas empresas para a adoção de infraestrutura para home-office. Ele lamenta que empresas estão suspendendo no momento os projetos de inovação: “o foco agora é manter a estrutura básica viva”.
O CEO da Mindworks, Niase Borjaille, vê que home-office exige disciplina e uma maior interação e ainda pode despertar lados positivos do trabalho em equipe. “O humano é social. Por isso reforçamos a interação, que tem sua importância aumentada neste momento devido à necessidade de planejar a empresa semanalmente. Também vemos que este momento difícil pode contribuir para consolidar a cultura que construímos ao longo dos anos e mostrar o nosso valor aos clientes e parceiros”.
De outro lado, Emílio Barbosa, diretor da ACT!ON, o home-office também pode gerar efeitos indesejados como a falta de engajamento e redução do senso de pertencimento do colaborador. “Se permanecermos neste regime por mais dois ou três meses, precisamos de criar ferramentas de engajamento.”
Nesse sentido, Rodrigo Dessaune, CEO da ISH, diz já ter se sensibilizado e deixou duas psicólogas à disposição da equipe que está trabalhando em casa. Em análise do setor de TI no estado, Dessaune afirma que a crise interrompe uma era de alto crescimento. “O setor vinha crescendo na casa dos 30% ao ano e a ISH, mais de 40%.”
Contudo, ele acredita que há mais resiliência para a empresa: “o segundo trimestre pode ser desastroso, mas devemos manter crescimentos tão bom quanto no primeiro trimestre a partir daí. Nesse momento a demanda por nossos serviços de segurança da informação já cresceu 220% e estamos mantendo todas as nossos serviços que funcionam ininterruptamente.”
Já Emílio Barbosa alerta que muitas empresas do setor correm risco. “Por serem empresas pequenas e com caixa limitado, uma redução de 10% da base de clientes pode comprometer vários negócios”. Na linha dos outros participantes da live, ele defende que deve-se preservar o maior número de empregos possível e dar maior suporte aos fornecedores.
Com relação às medidas do Governo Federal, Emílio Barbosa afirma que o setor de tecnologia e o ambiente de negócios as aprova, mas que ainda são insuficientes. Ele cobra ações do Governo Estadual. “A suspensão de impostos sozinha, por exemplo, não resolve a vida do empresário. A Confederação Nacional das Indústrias enviou 39 pleitos ao Governo, mas apenas 18 foram atendidos. Assim, creio que o governo estadual deva ajudar, investindo o caixa acumulado ao longo dos anos na economia. É hora de lançar mão do conceito A do Tesouro”.
O escritório de advocacia Machado, Mazzei & Pinho, que tem o prof. Marcelo Altoé à frente da área tributária, obteve ontem a 1ª decisão liminar do Estado concedendo a moratória para recolhimento de todos os tributos federais, postergando-o para o último dia útil do 3º mês subsequente ao vencimento, enquanto perdurar a situação de calamidade pública reconhecida pelos decretos nº 01/2020 e 4.593-R/2020. A decisão foi a 1ª do país a conceder a moratória sem estabelecer condicionantes, pois, nas decisões anteriores, exigiu a manutenção dos empregos. A ação fundamenta-se na auto-aplicabilidade da portaria MF nº12/2012, que reconhece o direito à prorrogação do vencimento de tributos federais para empresas sediadas em municípios abrangidos por decreto estadual que tenha reconhecido o estado de calamidade pública, como é o caso Espírito Santo.
A EDP lançou mais uma edição do EDP University Challenge, um concurso para universitários brasileiros que envolve um desafio sobre energia solar a economia circular. Vencedores do Brasil viajam a Portugal para uma disputa internacional e concorrem ao prêmio final: uma viagem ao Vale do Silício para desenvolver sua ideia.
O tema será discutido em live da Apex Partners em parceria com Folha Business, hoje, às 20h30. Os convidados são Frederico Pompeu (Boostlab BTG Pactual), Rafael Pinho (Spark), Mateus Starling (Apex), Gabriel Guimarães (Brex) e Bruno Nardon (Gestão 4.0). A mediação é de Ricardo Frizera.
Hoje, a Fucape Business School promove mais uma palestra online. O diretor da Secretaria Especial da Fazenda do Ministério da Economia e professor da Fucape, Bruno Funchal e Nina Gerges, CEO do LAEPI LAB, falam sobre os impactos da Covid-19 na economia e nos negócios.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória