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Em 2020, o fundo de investimentos “Zarathustra”, da Giant Steps Capital, obteve uma rentabilidade de 5,39% (até 31 de março), enquanto o CDI (renda fixa) rentabilizou cerca de 1% e a bolsa despencou -37%. A média dos fundos multimercado (IFHA) ficou em -7,6% no período. Sim, eles ganharam dinheiro na crise e protegeram seus cotistas– utilizando tecnologia e algoritmos avançados na tomada de decisão. Para entender como o fundo ‘quantitativo’ da Giant Steps conseguiu mais uma vez ganhar dinheiro em meio ao caos, conversamos com o gestor da casa, Flávio Terni.
Para Flávio Terni, gestor da Giant Steps, achar boas oportunidades de investimentos hoje é como minerar em busca de ouro. “Antigamente, quando ouro era mais abundante, bastava peneirar areia do rio. Já hoje, precisamos de um aparato muito mais sofisticado, com máquinas modernas e processos químicos”. Flávio afirma que utilizar os mesmo métodos tradicionais de investimento é cada vez menos eficaz em encontrar boas oportunidades em renda fixa e renda variável.
Assim, a resposta foi utilizar fundos com processos quantitativos. Eles que utilizam a tecnologia para basear as tomadas de decisão. “Para nós, encontrar ouro é selecionar ativos que façam os fundos da casa superarem o benchmark [índice de comparação]. Cada dia mais é necessário aplicar a tecnologia e estatística aos processos de investimento. Em mercados mais desenvolvidos como os Estados Unidos, onde “encontrar ouro” é ainda mais difícil, 8 em cada 10 fundos de investimento são quantitativos”.
Terni descreve o gestor quantitativo como um “homem de ferro”. “Existem humanos na operação mas todos os nossos movimentos são com base em algoritmos que analisam milhões de dados e realizam milhares de operações todos os dias”, explica. Na prática, por exemplo, é como se um algoritmo identificasse uma chuva forte vindo em determinado estado dos Estados Unidos, o que afetaria a safra de milho e reduziria o preço. Assim, o algoritmo entende que a ordem é vender contratos de milho.
Essa decisão com base em análise de dados é tomada em milissegundos, tão rapidamente que é suficiente para os fundos se “anteciparem” ao mercado. Além da velocidade, outra vantagem desse tipo de fundo é que eles operam muitas “teses” diferentes. Esses dois fatores combinados fazem com que ele tenha retornos descorrelacionados (desconectados) da média do mercado de fundos e ações — o que consideramos uma vantagem.
Ele explica que nessa crise, o papel do algoritmo do Zarathustra foi olhar o períodos históricos em que houve situações similares– a base de dados é de 100 anos– e analisar como o mercado se comportou. Assim, o “robô” encontrou uma irracionalidade do mercado (quando os valores dos investimentos descolam de seus fundamentos) e passou a realizar operações com câmbio, juros, commodities e ações que tinham maior probabilidade de ganhar. E ganhou.
Enquanto o Zarathustra está preparado para ganhar em momentos de extrema irracionalidade, outro fundo da casa, o Sigma, está preparado para ganhar com análise de fundamentos, e operar dentro da racionalidade. Por isso, Terni avalia que os dois são complementares– fundo de previdência da Giant Steps foi construído com uma combinação de ambos.
E fique atento: os fundos da Giant estão agora abertos para uma captação limitada. Com oito anos de uma estratégia de sucesso, o objetivo da casa é se tornar a maior gestora de investimentos independente do Brasil.
Em meio a esta série de medidas restritivas devido à pandemia de coronavírus, é fato que as atividades econômicas serão impactadas. Assim, é inegável que encontramo-nos ante uma realidade com consequências jurídico-econômicas imprevisíveis, em especial no âmbito dos contratos e obrigações. Nesse contexto, é de se ressaltar a figura da “força maior”, que prevê a suspensão dos efeitos legais e econômicos em ocorrência de fatos imprevisíveis e alheios à vontade humana. Em outras palavras, nossa lei dispõe de mecanismos jurídicos que permitem a flexibilização às obrigações em circunstâncias extraordinárias. De fato, é difícil estimar o que vem por aí, mas é reconfortante saber que os mecanismos jurídicos apresentados servem como um valioso instrumento jurídico no restabelecimento do equilíbrio econômico. Ao final, a mensagem que fica, empresário, é que há luz no fim do túnel e que, com solidariedade, atenção aos cuidados sanitários e adoção de as medidas jurídicas adequadas, haverá vida após o coronavírus!
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