Abr 2020
11
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Mercado Imobiliário

“Brasileiros não podem cair no desânimo”

Mesmo em meio à crise, a Galwan viu seu número de adesões em março subir quase 60% com relação a fevereiro. Ele avalia que com o regime de isolamento social, as pessoas ressiginificam o conceito de residência, o que pode explicar esse apetite.

“A decisão de adquirir um imóvel é difícil, mas pessoas que estavam prestes a comprar imóveis e com esse isolamento social passaram ter um olhar mais sensível à moradia, seja pelo bem-estar ou pelo investimento, podem encontrar oportunidades neste momento.”, avalia Galvêas.

O empresário afirma que algumas entregas serão atrasadas, mas todos os projetos serão mantidos: “neste momento, concedemos férias aos colaboradores para atender às novas exigências sanitárias e procedimentais contra o coronavírus.”

Ele ainda explica que o propósito é não demitir ninguém, pois as expectativas pós-crise continuam positivas. “Manteremos os nossos 700 empregos. Logicamente, os projetos ainda na ‘prancheta’ serão adiados, mas trabalharemos para que isso seja mínimo. Empreedimentos já lançados continuarão com adesões”, explica.

Galvêas enfatiza ao fim a necessidade de manter o otimismo com o futuro do país: “Pessoas que atravessam crise com otimismo, acabam usufruindo melhor os pontos positivos. A preocupação com a saúde pública têm que existir, mas não devemos perder a esperança. Continuamos esperando que os brasileiros não caiam no desânimo, pois o pessimismo pode fazer tão mal quanto a doença. Devemos carregar dessa crise aprendizados importantes e rever as falhas da nossa sociedade”.

Palavra do Especialista

Momento de acelerar as reformas

As PECs 186, 187, 188 e a prometida reforma administrativa devem ser discutidas e aprovadas no Congresso Nacional. Neste momento, quando surge a necessidade de intervenção do poder público devido a externalidade causada pelo surto, é fácil ver a importância de termos um estado eficiente, com baixo endividamento e sem privilégios. Este estado eficiente poderia rapidamente distribuir os custo do combate ao surto entre todos os setores da economia, aumentar os gastos e a dívida pública, sem correr o risco de quebrarmos devido ao excesso de endividamento. É exatamento por mostrar a importância de buscarmos um estado eficiente que devemos aproveitar este momento para avançarmos nas reformas que esperam votação no Congresso.

*Arilton Teixeira é economista-chefe da Apex Partners.

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