Número de ações trabalhistas pode aumentar com crise
Em meio à crise provocada pela pandemia, o número de inadimplentes no Brasil já é maior do que a população de muitos países da América Latina — são 62,83 milhões de pessoas. Segundo dados do SPC, o país já registra o maior aumento do número de negativados — aqueles que estão com o “nome sujo” no SPC — para o mês de abril na história. O especialista em crédito Bruno Meneghel argumenta que os empresários têm papel fundamental em combater o superendividamento dos colaboradores e aponta ferramentas práticas para que empresas cuidem da saúde financeira de sua equipe.
O número de negativados no Brasil, que já é alarmante, segue em alta durante a crise. Em abril de 2020, o total de consumidores negativados chegou a 62,83 milhões, o equivalente a 40,01% da população adulta do país. Isso representa um crescimento de 2,91% com relação a abril de 2019. A variação mensal do número de devedores cresceu 1,68%, sendo a maior variação mensal para os meses de abril em toda a série histórica.
O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em abril está na faixa etária de 30 a 39 anos (25,0%), sendo em sua maioria (50,78%) mulheres. Além disso, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 3.206,72 na soma de todas as dívidas.
Somado aos impactos na saúde financeira, o endividamento dos brasileiros afeta a saúde emocional e reduz a produtividade do trabalhador. Segundo pesquisa do SPC, 8 em cada 10 inadimplentes sofreram impacto emocional negativo por conta das dívidas. Ansiedade foi o sentimento negativo mais citado no levantamento, atingindo 63% dos entrevistados; 25% passaram a comprar mais do que de costume.
Além disso, é fato que distúrbios psicológicos se refletem no desempenho do trabalhador. Estudos de Harvard apontam que colaboradores endividados são 5,8x mais propensos a não terminarem tarefas no prazo e 4,5x mais chances de ter relacionamentos problemáticos com a equipe.
Recentemente o SPC Brasil divulgou um número preocupante: passamos a barreira 62 milhões de cidadãos negativados. Não poderia ser diferente num país onde o crédito é tão caro e a concentração das operações nas mãos de pouquíssimas instituições. Para piorar, a pandemia do coronavírus assola os empregos e deixa os endividados em situação ainda mais complicada.
Nesse cenário, trabalhadores devem buscar trocar suas dívidas por modalidades mais baratas e limpar seu nome em instituições que ofereçam crédito para negativado. Para os trabalhadores públicos ou privados de carteira assinada (CLT), o o crédito consignado desponta como uma boa solução.
Essa operação possui risco muito menor e taxas até quinze vezes mais baratas do que o famoso “crédito de balcão”, e dez vezes menores que o cheque especial, possibilitando a diminuição das obrigações correntes do empregado através da troca de dívida. O produto é simples e está ao alcance de qualquer empregado, desde que seu empregador aceitar intermediar as operações.
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