Com apoio jurídico, frigorífico capixaba supera a crise
O número de transações de startups cresceu quase sete vezes e o número de unicórnios cresceu 60% entre 2019 e 2020. Em meio a esse cenário, tramita no Congresso Nacional o novo Marco Legal das Startups que traz novos dispositivos legais que prometem potencializar a atuação de empreendedores e investidores. No evento Investimento em Startups e Novo Marco Legal promovido ontem no Hub Fucape, na Fucape Business School, Felipe Caroni (Apex), Aridelmo Teixeira (Fucape), Mauro Massucatti (Fass Advogados) e Ricardo Frizera discutiram o assunto.
Felipe Caroni, head de Venture Capital da Apex, explicou que ao mesmo tempo que a taxa de juros caiu de 13,75% para 2% de 2016 para 2020, o número de transações envolvendo startups cresceu de 26 para 174 em nos mesmos anos. Vale notar que 60% dessas transações foram Corporate Venture Capital, isto é, aquisições de startup feitas por empresas.
“O mercado se digitalizou muito rápido no último ano e uma forma que grandes empresas encontraram para se adaptarem foi por meio da aquisição de startups”, analisou.
Contudo, ele alerta que os investidores pessoa física devem ter cautela e gestão de risco ao alocar recursos em startups.
“Investir em Venture Capital é uma oportunidade de diversificação de portfólio. Mas o investidor deve se atentar que ao mesmo tempo que o potencial de ganho é alto, a liquidez é baixa e o risco é grande. Tendo isso em vista, vamos montar um veículo de investimento na Apex Partners para que o investidor possa alocar seu capital em diversas startups para reduzir o risco do investimento”.
Mauro Massucatti, sócio da Fass Advogados, explica que, neste bom momento para as startups, o novo Marco Legal que tramita no Congresso pode trazer facilidades para investidores e empreendedores.
“Além de novos formatos de investimentos, as agências reguladoras, como a Anvisa ou a Anatel, poderão suspender temporariamente para as startups determinadas normas exigidas das empresas que atuam no setor”.
Mauro também afirmou que a participação em startups em contratos públicos é um dispositivo do novo Marco que potencializa o mercado de Venture Capital e pode trazer avanços ao setor público.
“Existem diversas áreas do setor público em que podem ser utilizadas novas tecnologias trazidas por startups, como automatização na esfera judicial. Podemos fazer com que o Estado seja menos burocrático e mais efetivo na entrega dos serviços com a participação de startups em licitações. Contudo, não podemos esquecer que existem inúmeros escândalos licitatórios no Brasil”.
Após divulgar um estudo apontando que 99% dos day traders tem prejuízo no Brasil, os pesquisadores da FGV Fernando Chague e Bruno Giovanetti realizaram um follow-up da pesquisa para analisar o desempenho de day-traders mais experientes.
Dentre os 1.218 investidores que operaram day-trade de forma consistente entre 2012 e 2017, apenas 62 obtiveram lucro bruto mensal médio acima de R$ 10 mil. Nenhum day-trader experiente ultrapassou a marca de R$ 100 mil mensais.
“Indo para o mundo do futebol, há 670 jogadores inscritos na Série A do Brasileirão, 10 vezes mais profissionais que day-traders experientes com renda maior que R$ 10 mil por mês”, escreveu Giovanetti em uma rede social.
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