Espírito Santo passa a ter mesa local para operações de câmbio
O colégio Leonardo da Vinci, em Vitória, foi alvo de mais uma transação e passou para o controle da Eleva. Fundado no início da década de 1990, o Da Vinci foi vendido pela primeira vez em 2018 para a Cogna (à época Kroton). Demonstrativos financeiros divulgados pela subsidiária de educação básica da Cogna, a Saber, confirmaram que a Cogna desembolsou cerca de R$ 120 milhões pela totalidade do Colégio (o valor exato é R$ 119,7 milhões). Contudo, ao considerar a dívida que a Cogna assumiu, o valor real da aquisição passa a ser muito mais alto. Entenda mais detalhes das transações do Colégio Leonardo da Vinci a seguir.
Em abril de 2018, a Saber, empresa do antigo grupo Kroton concluiu a compra da totalidade do Colégio Leonardo da Vinci A aquisição fez parte do plano de expansão da Kroton e da sua subsidiária Saber no ramo de educação básica.
Os fundamentos que justificaram a aquisição do Leonardo da Vinci foram, conforme a Saber: superioridade em colocações em vestibulares nacionais; a possibilidade de abrir novas unidades com base no modelo de sucesso; e a proposta de alfabetização bilíngue duplo diploma com ensino High School.
Os demonstrativos financeiros divulgados pela Saber revelaram os valores envolvidos na aquisição do Leonardo da Vinci em 2018: o preço de compra foi dado em pouco menos de R$ 120 milhões. Porém, um levantamento realizado pela coluna Mundo Business aponta que o valor da transação se aproxima de R$ 200 milhões.
Esse valor é explicado pelo fato de que a Saber assumiu um passivo (termo contábil para dívida ou obrigação) na ordem de R$ 80 milhões ao adquirir o Leonardo da Vinci.
Com o preço de aquisição dado em aproximadamente R$ 120 milhões, o valor total da transaçào foi de R$ 200 milhões (a soma das obrigações assumidas e o valor de fato empenhado).
Para o doutor em contabilidade e professor da Fucape Business School, Aziz Beiruth Xavier, o pagamento de um ágio foi justificado pela expectativa de retorno financeiro futuro para a Saber.
“Na aquisição do CELV em 2018 a Saber identificou um potencial de expansão com a utilização da marca Leonardo da Vinci em outros estados, o que potencializaria sua expansão na educação básica. Desta forma, o valor global da transação inclui uma parcela de aquisição e assume as obrigações contabilizadas no balanço do Leonardo da Vinci. Desta forma, o valor da transação supera o valor pago efetivamente aos sócios”, afirma Aziz.
Segundo o balanço divulgado pela Saber, os ativos intangíveis (recursos humanos, tecnológicos, know-how) do Leonardo da Vinci foram avaliados em pouco mais de R$ 153 milhões.
Além disso, a carteira de clientes com avaliada em pouco mais de R$ 48 milhões. Segundo nota explicativa da Saber, “pode-se constatar que existe um relacionamento regular e consistente entre os Colégios Leonardo Da Vinci e seus alunos por um período que permite determinar que a carteira atual de alunos é parte relevante do valor pago na aquisição”.
Nesta semana a Saber deu fim à sua participação direta na atuação na educação básica. A subsidiária da Cogna vendeu a sua carteira com 51 escolas, incluindo o Colégio Leonardo da Vinci, à Eleva, outro grande grupo educacional brasileiro. O valor de venda da carteira ficou em R$ 964 milhões. Ao mesmo tempo, a Cogna comprou o sistema de ensino da Eleva por R$ 580 milhões.
A troca de ativos entre as duas companhias tem duas particularidades: Cogna receberá R$ 339 milhões do valor da venda em ações da Eleva, que pretende realizar sua oferta de papéis na bolsa de valores. Além disso, todas as escolas da Eleva (com exceção dos colégios premium, como o Da Vinci), contratarão o sistema de ensino da Vasta pelos próximos 10 anos. Com isso, a atuação da Cogna na educação básica passará a ser indireta, como acionista e parceiro comercial da Eleva.
Na ocasião, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a iniciativa não significa liberdade total para a autoridade monetária, mas um equilíbrio de forças. Campos Neto estará em Vitória no próximo dia 26 de março para o terceiro Encontro Folha Business.
Em fevereiro, a bolsa brasileira registrou 14 IPOs, quando empresas estrema na bolsa de valores.
Petrobras registra lucro de R$ 59,9 bilhões no 4º trimestre. A companhia anunciou que vai distribuir dividendos aos acionistas, no valor de R$ 10,3 bilhões.
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