Abr 2021
14
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

Kora enxerga potencial de 25 mil leitos pelo Brasil na estratégia de longo prazo

Segundo prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a oferta de ações da Kora Saúde será tanto primária, para levantar recursos para a empresa, quanto secundária, quando acionistas vendem parte de suas fatias.

As partes que venderão parte de suas ações são Bruno Moulin Machado, Frederico Christo Torezani, Antônio Alves Benjamin Neto e Ivan Lima, que possuem 25% da Kora Saúde. Também participa o fundo Fuji Brasil Partners, que detém 75% da companhia.

No prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários, a Kora explica que pretende usar os recursos levantados no IPO para aquisição de ativos, inaugurar novos hospitais e para entrada em segmentos como oncologia, imagem e diagnóstico.

“A Companhia está posicionada para replicar seu modelo de negócio em todas as regiões do Brasil, fora do eixo Rio de Janeiro- São Paulo. Com um mercado enorme, extremamente fragmentado e bastante promissor, identificamos cerca de 25.000 leitos hospitalares em mais de 200 hospitais pelo país que se encaixam com a nossa estratégia de longo prazo”, informa o prospecto de IPO enviado à CVM.

A precificação da oferta deve acontecer do dia 28 deste mês e a estreia na bolsa no dia 30.

Após entrada da HIG Capital, Kora Saúde cresceu receitas e expandiu via aquisições nacionais

O primeiro hospital da Kora Saúde, o Meridional Cariacica, foi fundado em 2001. A partir de 2008, o Meridional iniciou uma série de aquisições de novas unidades hospitalares.

Em 2018, recebeu investimento da gestora norte-americana HIG Capital e formou uma cadeia de hospitais nacional via aquisições fora do eixo Rio-São Paulo.

Desde a entrada da gestora, as principais aquisições da Kora no Espírito Santo foram o Hospital Metropolitano, Hospital Maternidade Santa Úrsula e a Hemodinâmica Meridional.

CRESCIMENTO

Hoje a Kora apresenta uma das maiores redes independentes de hospitais privados do país. A companhia fechou 2020 com 11 hospitais próprios no Espírito Santo, Tocantins, Distrito Federal e Mato Grosso, somando 1272 leitos, segundo informações do prospecto de abertura de capital do Kora Saúde.

Desde a entrada do HIG Capital, a Kora Saúde vem apresentando crescimento consistente nas últimas linhas do demonstrativo de resultados. Entre 2019 e 2020, a receita líquida cresceu 38%, contra 5% de crescimento da empresa similar listada na bolsa (Rede D’or).

Em 2020, o Kora registrou uma receita líquida de R$ 612,3 milhões, com um lucro de R$ 17,5 milhões, contra um prejuízo de R$ 2,3 milhões em 2019.

EXPANSÃO É POSITIVA

Com o objetivo de expandir a Rede de hospitais e aumentar o número de leitos, a expansão do grupo deve ser vista de forma positiva na nossa opinião.

Em um momento em que o país precisa, mais do que nunca, de investimentos no setor de saúde suplementar e de expandir o número de leitos, a quantidade e a qualidade do atendimento médico, a abertura de capital do Meridional/Kora chega em boa hora.

Postado Agora

Receita crescente

O grupo Kora Saúde apresentou seis anos consecutivos de crescimento de receita. O número passou de R$ 164 milhões em 2014 para R$ 442 milhões em 2019 e R$ 612 milhões em 2020.

Postado Agora

Atuação nacional

A companhia adquiriu em novembro de 2020 dois hospitais em Palmas (TO) que juntas detêm 41% de market share em número de leitos privados de acordo com o Ministério da Saúde.

Postado Agora

Receitas alternativas

Entre 2016 e 2020, o grupo Kora viu suas receitas alternativas crescer de 27% para 46%, indicando diversificação nas frentes de atuação, o que garante maior resiliência da companhia no longo prazo.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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