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No ano da pandemia, quando investidores viram seus investimentos derreterem do dia para a noite, uma categoria de fundo de investimentos suportou os trancos e barrancos do mercado acionário: os fundos quantitativos. Operados por um conjunto de tecnologia e programação humana, esses fundos utilizam inteligência artificial e operações de alta frequência para obter retornos acima da média.
Essa é apenas uma forma como a tecnologia encontrou sinergia com o mundo dos investimentos. Para entender mais sobre a revolução digital dos investimentos, conversamos com a professora da Fucape Business School Neyla Tardin, que também coordena o Fucape Finance Lab + Valor– laboratório de finanças que busca introduzir programação aplicada às finanças e formar os gestores de investimentos do futuro.
Ao mesmo tempo em que os brasileiros estão investindo de forma mais ágil com a digitalização das corretoras, os gestores que administram investimentos também estão aplicando mais ferramentas tecnológicas para potencializar sua performance. A profa. dra. Neyla Tardin, coordenadora do Fucape Finance Lab + Valor, aponta que uma das principais mudanças na gestão de investimentos é a aproximação com a programação.
“A programação faz com que a escolha dos ativos, como ações, ganhe agilidade. Dá margem ao high frequency market [mercado de alta frequência], em que as ordens de compra e venda de ativos em bolsa são feitas em segundos. Esse mercado é acessado por robôs e tem especialistas em finanças por trás deles. Acredito que os algoritmos não necessariamente tornam as decisões melhores (ou mais rentáveis), mas as deixam mais velozes”, explica Neyla.
A coordenadora do Fucape Finance Lab detalha que uma das principais aplicações da programação na gestão de investimentos é nos fundos quantitativos, uma metodologia que foi trazida ao Brasil por gestoras como a Giant Steps. Segundo a Profa. Neyla, os fundos ‘quant’ “são operados por algoritmos, que ‘pensam’ dentro de um conjunto de regras enumeradas pelo programador; o profissional, aquele de qualidade, pensa fora da caixa, além dessas regras.”
Atenta a essa transformação no mercado financeiro, a Fucape Business School fundou o Finance Lab em parceria com a Valor Investimentos e a Fapes, com objetivo de unir conceitos de finanças e programação. O laboratório instalado dentro da faculdade conta com um terminal da Bloomberg e reproduz o ambiente de uma corretora de investimentos ou gestora de recursos.
Para Aridelmo Teixeira, co-fundador da Fucape, o objetivo é que os alunos aprendam na prática a gerenciar fundos de investimento tal como é na realidade. “Vamos focar em criar gestores preparados para o mercado e teremos uma dedicação aos fundos quantitativos, que utilizam a computação e programação para rastrear ações e ativos vencedores”.
Assim, a FUCAPE se torna a primeira Instituição de Ensino Superior do país a ter um laboratório dedicado à formação de gestores de fundos de investimento.
Neyla destaca que o Fucape Finance Lab recebe um novo parceiro do projeto, a Unit, credtech capixaba cujo propósito é desendividar trabalhadores por meio de crédito de qualidade.
“Com o apoio da Unit, vamos ofertar cursos de educação financeira gratuitos para colaboradores de empresas públicas ou privadas. Entendemos que a educação financeira é um pilar no desenvolvimento da cidadania. Também há projetos voltados para a comunidade, que abordam o básico do mercado financeiro: planejamento doméstico, previdência e endividamento.”
O Ibovespa subiu +2,78% nesta semana, em 121 mil pontos, com notícias positivas sobre a atividade econômica e a reforma administrativa. O dólar fechou em baixa, com queda semanal de 2,52%, aos R$ 5,59. Veja os principais acontecimentos e indicadores da economia e do mercado desta semana na coluna Mercado Diário de hoje.
Entenda o que muda na declaração do IRPF do produtor rural em 2021 na coluna Agro Business com Stefany Sampaio.
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei (PL) que busca limitar os reajustes de aluguéis ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Luiz Henrique Stanger analisa esse assunto na coluna Mundo Imobiliário.
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