Consumidores x empresas: quando o cliente não tem razão
“Existe um dito popular que diz que “em time que está ganhando não se mexe”. Isso pode até ser verdade para o futebol, mas ele não se aplica tão bem para os negócios”, escreve à coluna Paulo Victor Novaes, doutorando em controladoria e finanças e coordenador da graduação da FUCAPE Business School. Segundo ele, empresas de sucesso costumeiramente têm o que é chamado de capacidade dinâmica, ou seja, tem a agilidade para se adaptar ao novo e abandonar o ultrapassado. Nesse contexto, o que o mercado espera da formação dos novos profissionais?
Paulo Victor Novaes | Empresas de sucesso trabalham sobre uma estrutura enxuta o suficiente para realizar manobras rápidas com o objetivo de atender a uma nova demanda. E, se for o caso, também deixar de oferecer algo que eventualmente já teve sucesso.
A partir de 2016 o mercado financeiro passou por essa virada de chave, tanto pela nova forma do brasileiro investir quanto pelas novas ferramentas de trabalho. O investidor passou a buscar opções mais arriscadas, como fundos de investimentos e ações em detrimento da renda fixa.
Além disso, as corretoras digitais substituíram a gritaria dos balcões de negociação e os fundos passaram a aplicar cada vez mais tecnologias como ciência de dados e inteligência artificial na gestão.
Este novo mundo de possibilidades, de outro lado, passou a demandar habilidades e conhecimentos que até então ficavam por encargo dos corretores. Assim, foi possível notar um crescimento na busca por formação mais robusta nas áreas de gestão. Contudo, essa demanda não se restringe à gestão financeira.
NOVAS FERRAMENTAS E HABILIDADES
Se na década de 1990, dominar planilhas eletrônicas, e-mails etc. era um diferencial, hoje, a empresa dita “moderna” lida com diversos “softwares agregadores” e “metodologias ágeis”, que permitem se relacionar e controlar recursos materiais e humanos, sem mesmo precisar ocupar o mesmo espaço físico.
Administradores, economistas e contadores (bem como muitos outros profissionais, é claro) ainda são demandados pelas competências específicas tradicionais. Porém, cada vez mais, espera-se que a atuação seja otimizada por meio dos recursos tecnológicos. Afinal, não é demais dizer que todas as empresas são de tecnologia.
Mesmo diante dessas mudanças, profissionais foram por muito tempo formados sem levar em consideração as novas habilidades e ferramentas tecnológicas que o mercado exige. Em busca de endereçar essa questão, a Fucape foi modelada a partir de uma filosofia de alinhamento com as demandas do mercado.
O HUB de inovação da FUCAPE é um exemplo de como respondemos às necessidades do mercado: estamos formando profissionais com habilidades específicas e com uma visão mais ampla sobre os desafios do mundo real.
Da mesma forma, o FUCAPE Finance Lab + Valor, nosso laboratório de finanças, traz, dentre outras atividades, um curso para formar os novos gestores de investimentos, com alta carga de tecnologia e programação. Enfim, o propósito da Fucape é entender a nova dinâmica do mercado e formar profissionais conectados com as novas demandas do mundo 4.0.
Assista ao segundo episódio da nova temporada do Programa Mundo Business. À partir das 10h na Tv Vitória Rede Record (canal 6) e após isso no YouTube.
No episódio de hoje, conversamos com Renato Bello, que comecóu sua trajetória como lavador de carros e hoje é o CEO do Motor Group Vitória, maior grupo de concessionárias premium do ES.
Convidamos Tiago Reis, do Grupo Suno, para falar sobre investimentos e conversamos com Luiz Stanger e Stefany Sampaio sobre mercado imobiliário e agronegócio na nossa bancada.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória