Linhares vai receber mais dois investimentos de até R$ 56 milhões
Nos últimos anos, Vitória investiu com recursos próprios, menos de 1% de sua Receita Corrente Líquida. Para 2021, a gestão Pazolini herdou um orçamento com apenas 10 milhões para investir com recursos próprios para todo o ano de 2021.
Essa cifra, que em termos absolutos já se apresenta como irrisória para uma capital, soa ainda menor frente ao orçamento de R$ 2 bilhões do município. Com reformas estruturantes e reequilíbrio dos gastos, a nova gestão da Prefeitura de Vitória, em apenas 4 meses de trabalho, não só superou os investimentos com recursos próprios previstos no orçamento, com retomada de obras importantes paralisadas há mais de 12 anos, como também garantiu programas importantes de garantia de renda e emprego. Em entrevista exclusiva à coluna Mundo Business, Aridelmo contou mais detalhes sobre o planejamento financeiro da capital.
Nas últimas décadas, o município de Vitória registrou queda na capacidade de realizar investimentos com recursos próprios. Por diversas vezes, a prefeitura recorreu a empréstimos, inclusive internacionais, para realizar obras de urbanização e ampliação de serviços sociais.
Daqui em diante, o cenário deve se inverter, diz o Secretário da Fazenda de Vitória Aridelmo Teixeira, conhecido pela carreira de empreendedor e gestor na área de educação superior, e foi um dos fundadores da Fucape Business School.
“Quando assumimos a pasta há quatro meses, a prefeitura tinha a capacidade de investir apenas R$ 10 milhões em recursos próprios. A partir da restruturação de despesas, que já colocamos em prática, descortinamos um novo cenário, possível de ser alcançado até o final desta gestão: a retomada de investimentos com recursos próprios nos mesmos patamares do início do século, que fizeram de Vitória referência de desenvolvimento para o Estado e para o Brasil”, destaca Aridelmo Teixeira.
CORTE DE GASTOS EVITAM O COLAPSO E VIABILIZAM INVESTIMENTOS
A primeira frente do corte de gastos, iniciada no primeiro dia útil do ano, foi a reforma da previdência municipal. “Para 2021, seriam necessários até R$ 180 milhões para cobrir o déficit da previdência da prefeitura, quase 10% da receita. Sem a reforma essa cifra crescia ano a ano e, em 2035, a projeção era que 25% da receita municipal seria destinada a cobrir o rombo da previdência. Com essa reforma, estagnamos o crescimento do déficit, que deve cair R$ 35 milhões neste ano e R$ 50 milhões em 2022”, afirma Aridelmo Teixeira.
Além disso, a redução de 1,7 mil servidores deve proporcionar uma economia de R$ 30 milhões ao ano. As renegociações de contratos com fornecedores e prestadores de serviços liberam mais de R$ 26 milhões ao ano no orçamento. A racionalização de transportes de servidores caiu em R$ 1,9 milhão. Ademais, os fundos superavitários da prefeitura podem injetar R$ 40 milhões no tesouro.
À medida que as medidas de corte de gastos liberam espaço para investimento no município, obras e programas sociais já estão sendo reativados, aponta o Secretário da Fazenda de Vitória.
“Estamos retomando obras que estavam paralisadas nas escolas municipais, sendo que algumas já se arrastavam há mais de 12 anos. Além disso, foi possível a postergação do pagamento de ISS fixo e variável, IPTU, o programa AME – Amparo Municipal Emergencial, programa de garantia alimentar para os 43 mil estudantes da rede municipal, com a entrega de um quite de alimentação entregue a todos os alunos da rede e programa de cestas básicas.
Aridelmo ainda cita que um dos objetivos é aumentar o investimento em tecnologia e fomentar o ambiente de negócios. “Pretendemos criar um centro de formação de jovens em tecnologia, além de garantir que a educação e a saúde tenham parque tecnológico mais avançado.”
Outro projeto é realizar chamadas públicas para aproximar a prefeitura das startups que tenham soluções para áreas como mobilidade, saúde e segurança. “Vitória será um laboratório para MVPs [soluções prototipadas de startups] para startups de todo o Brasil que queiram atuar junto ao município”, encerra Teixeira.
Perto de completar 40 anos e após o sucesso de vendas de seus condomínios clubes em em Porto Canoa, na Serra, e em Ataíde e Santa Paula II, em Vila Velha, a Morar Construtora se prepara para investir ainda mais nas regiões. A estratégia de lançamento será “2 em 1”, isto é, em um mês serão lançados dois novos condomínios.
O setor de shoppings foi um dos mais impactados pela Covid-19 devido aos fechamentos da economia para controlar o contágio e à redução da atividade econômica. A partir de uma perspectiva maior de recuperação, entretanto, os ativos de alguns shoppings vêm apresentando melhoras.
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