Maio 2021
18
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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18
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Os princípios que guiaram a trajetória de Aridelmo Teixeira

Mundo Business: Como você começou a se envolver no mundo dos negócios?

Aridelmo Teixeira: Nessa história cabe um princípio importante que é a liberdade. Minha geração tinha o mundo à disposição. Os pais saíam para trabalhar cedo e você tinha que se virar. Aos meus 9 anos, tínhamos poucos recursos e morávamos no subúrbio.

Um dia descobri um comprador de latinhas e comecei a catar latinhas junto aos meus irmãos Arilton e Arilda para fazer dinheiro. Foi nessa época que comecei a sentir o gosto do que era trabalhar e produzir. Praticava um empreendedorismo de necessidade, mas catando latas percebi que o mercado é feito de trocas: alguém gera valor e alguém paga por isso.

Mundo Business: Quando veio o primeiro emprego?

Quando fiz 17 anos, meu pai me inseriu no meu primeiro emprego por achar que empreender era muito arriscado. Comecei como office-boy e tive que dar uma pausa no meu senso de empreendedorismo. Em seguida, entrei para o curso de contabilidade da Ufes e fui contratado por um banco. Quando saí da Universidade e entrei de fato para o mercado, eclodiu uma crise econômica global e decidi pausar para fazer o doutorado na USP, onde conheci Valcemiro Nossa, que viria fundar a Fucape comigo.

MB: Da USP à fundação da Fucape, como foi trilhado esse caminho?

AT: Foi um passo bem rápido, em 6 meses, durante o doutorado na USP. Eu e Valcemiro não tínhamos a pretensão de morar em São Paulo e queríamos levar um doutorado na área de contabilidade para Vitória. Então nos reunimos com o professor Nelson, que passou todo o histórico do doutorado da USP. Dois dias depois estávamos com o estatuto pronto.

Estávamos no início da ruptura do mercado de educação, que facilitou a abertura de uma Instituição de Ensino Superior no Brasil.  Nossa ideia foi começar pelo caminho inverso, com um centro de pesquisa em vez da graduação, para formarmos bons profissionais e professores.

MB: Quais foram os valores e princípios que ajudaram você e seu time a construir seu negócio?

AT: Resiliência. Entre a expectativa e o que você vai conseguir realizar tem muito esforço. E nem sempre você anda pra frente, e pode parecer que está mais longe, principalmente na fase de testar o negócio. Quando o empreendedor não tem isso, desiste em dois ou três anos.

Vale destacar também o propósito. Na fundação da Fucape, nos guiamos pelo propósito da educação de qualidade– sabendo que não era o padrão da época– e direcionamos tudo a partir disso. Por fim, a capacidade de liderar. Se você tem um propósito e resiliência, precisa liderar nessa direção. Liderar muitas vezes se isola, pois mesmo agindo de acordo com o correto, tem que tomar decisões que abalam o grupo liderado.

Candidato ao Governo será aquele com maior capacidade de liderar, diz Aridelmo

MB: Você recentemente começou a se aproximar do setor público e assumiu a Secretaria da Fazenda de Vitória. Você pretende se candidatar novamente ao Governo do Estado?

Aridelmo Teixeira: Isso vai depender de quem vai ter a melhor capacidade de liderar e se comunicar com a população. Tenho conversado com muita gente e acredito que muitos vão entrar nesse barco, uns para remar e outros para colocar a cara. Isso, com a clareza de que devemos servir ao público.

MB: A iniciativa privada é muito diferente do setor público?

AT: Muitos me diziam que não conseguiria colocar muitas coisas em prática pois a iniciativa privada é diferente do setor público. Olhando para outros países, não dá pra dizer que não funciona. O corte de gastos, e reformas que realizamos são a prova disso.

Postado Agora

Liberdade econômica é tema de projeto na ALES

Começou a tramitar ontem na Assembleia Legislativa do ES o projeto de autoria do deputado estadual Dr. Emílio Mameri (PSDB) que visa adequar a legislação estadual à Lei Federal nº 13.874/2019, conhecida como “Lei da Liberdade Econômica”, e estabelece garantias de livre mercado no Estado do Espírito Santo.

Postado Agora

Entenda as mudanças

O texto busca dar mais flexibilidade para que as empresas possam exercer suas atividades econômicas, com a presunção de boa-fé do empreendedor; interferência mínima do Estado; e concessão de licenças provisórias, para exercício da atividade empresarial, com vistorias e fiscalizações posteriores.

Postado Agora

Ilha de liberdade

O projeto de lei defende que “a importância deste projeto dialoga ainda com a vocação do Espírito Santo para a desburocratização, haja vista o segundo lugar que ocupa no Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual 2019 (IMLEE)”.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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