Jun 2021
20
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Presidente da Findes sugere que ES pode ser um case nacional na exploração do gás: Guedes destaca posição estratégica do Estado

Em sua apresentação, o ministro Paulo Guedes destacou que o Espírito Santo pode ter papel de destaque na retomada econômica e na reindustrialização do Brasil, e sugeriu uma parceria com o Estado do Rio de Janeiro.

A presidente da Findes observou: “Temos aqui no Espírito Santo uma distribuidora já aderente ao novo marco regulatório do gás. Gostaria de sugerir que o Estado possa liderar um case e inspirar o Brasil, com essa expectativa de termos gás mais barato e aumentar a competitividade da Indústria. Podemos prever um novo gasoduto ligando o pré-sal ao Espírito Santo”.

Guedes respondeu: “O Rio fez um marco regulatório do gás muito eficiente. A equipe econômica ficou super entusiasmada. O ideal é que o Espírito Santo trabalhasse em conjunto com o Rio, porque daí faríamos um corredor de reindustrialização que vai do Espírito Santo ao Rio, usando toda a infraestrutura comum. O gás tem que cair de 40% a 50% de preço, com a competição e com o seu aproveitamento, porque hoje ele é queimado.”

O Ministro da Economia ainda pontuou: “Temos que produzir os gasodutos, trazer para a costa e derrubar o preço. As pessoas me cobram porque o preço do gás não caiu ainda. Só foi aprovado o marco agora. Os investimentos vão começar. Vamos reindustrializar o Brasil em cima de energia barata, em cima de gás barato. E o Espírito Santo é o lugar ideal para isso, juntamente com o Rio. Vocês estão bem posicionados para fazer essa revolução”.

Cris Samorini destacou que o Espírito Santo já tem segurança jurídica no setor, com o Regulamento do Mercado Livre de Gás Canalizado, um conjunto de regras sobre o mercado que foi definido em parceria entre a Federação e o governo estadual.

“Já atuamos em parceria com o governo estadual e vamos atuar também com o Rio para atrair investimentos. Tenho dito que o Espírito Santo é o Estado mais atrativo para investimento em petróleo, gás e energia. O setor representa 29,3% do valor adicionado da Indústria e 8% do PIB no Espírito Santo”, disse Cris Samorini.

Bruno Funchal projeta que déficit público pode ir de 10% a 1% até 2024

O secretário secretário de Fazenda do Ministério da Economia e professor da Fucape Business School  mostrou que, apesar do aumento do déficit das contas públicas para 10% em razão de gastos no período de pandemia, a expectativa é de rápido retorno a patamares pré-pandemia.

Funchal apresentou gráficos mostrando que, em 2016, o déficit primário do governo chegou a -2,5% do PIB. Esse déficit veio caindo até chegar em -1,2% do PIB, em 2019, mas, com a pandemia, ele voltou a cair para -10% do PIB.

“Somente com os gastos para enfrentar a pandemia foram R$ 500 bilhões. Mas neste ano o déficit já deverá cair para -2,2%. Trabalhamos para que ele possa chegar em 2024 a -1,0%”, disse Bruno Funchal, explicando a relação entre o déficit, a dívida pública e a taxa de juros.

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