O HUB de Inovação da Fucape Business School, o HUB Fucape, lançou uma Chamada Pública para selecionar startups para fazerem parte do espaço. As empresas vão contar com apoio técnico de alunos e professores e vão até receber aporte financeiro da faculdade. A seguir Paulo Victor Novaes, coordenador do HUB Fucape, conta mais detalhes sobre o edital e as características das startups que a Fucape busca nas startups que vai investir.
O Hub Fucape lançou neste mês o edital para selecionar as startups que vão estar incubadas no espaço de inovação da faculdade. O Hub, que nasceu com a missão de promover a fusão entre o mercado e estimular a inovação no Espírito Santo, conta com 6 empreendimentos e mais de 60 colaboradores. Até o fim do ano, a meta é atingir o marco de 20 startups.
Com este edital o Hub Fucape quer prospectar startups que já tenham avançado na etapa de ideação, caminhando para o desenvolvimento do Product Market Fit, isto é, o produto validado e aceito pelo mercado.
Ao participar do HUB Fucape, as startups recebem desde apoio técnico até aporte financeiro, tendo à disposição todo suporte para crescer e escalar seus produtos e serviços, explica o coordenador do Hub, Paulo Victor Novaes.
“No HUB Fucape, as startups apresentam suas dores e propósitos, e os alunos e professores os transformam em desafios e consultorias, sejam esses alunos da graduação ou da pós-graduação (MBA, Mestrado e Doutorado)”, explica o coordenador.
Ele acrescenta que, “enquanto incubadora, a equipe do HUB ouve as dores de cada empresa, na companhia de professores da Fucape, para direcionar a melhor solução. Essas soluções ocorrem na forma de consultorias desenvolvidas por alunos e professores da casa. Outro ponto interessante desse ambiente é a oportunidade de colaboração dos outros empreendedores, uma vez que alguns podem ter mais experiência em negócios do que outros.”
Além dos desafios que se transformam em consultoria, o HUB Fucape realiza encontros semanais de discussão, ciclos de mentorias e oficinas, sempre buscando levar valor para os empreendimentos que estão aqui dentro.
Hub Fucape ainda aporta até 100 mil reais nas empresas selecionadas, fazendo jus a uma participação no quadro societário da empresa, com um percentual combinado entre as partes.
O processo seletivo ocorre majoritariamente no formato contínuo, passando pelo filtro dos idealizadores do Hub Fucape, mas as empresas que desejam também podem se candidatar por meio de uma chamada pública aberta. Para saber mais, empreendedores podem visitar o site da Fucape.
Aziz Xavier Beiruth* | O mercado de Fusões e Aquisições está bem aquecido nos últimos meses com Fundos de Investimento e Empresas de maior porte comprando diversas empresas capixabas. Dentre os principais exemplos, podemos citar a aquisição da Cisa Trading, de Fernando Camargo e família Coser, pela Comexport. Ainda, a venda dos laboratórios Pretti e Bioclínico para a Fleury por R$ 320 milhões. Mas se antes o foco era apenas a negociação de grandes empresas, agora o mercado de empresas de médio porte também é bem visualizado pelos grandes players do mercado.
Neste momento surge um grande ponto de atenção: Quem vende, geralmente vende apenas uma vez, já quem compra está acostumado com o processo de negociação e aquisição de empresas.
Desta forma, os vendedores devem se estruturar internamente antes de realizar esta negociação, com o objetivo de não serem penalizados pelo surgimento de itens não previstos em contrato ou possíveis novos passivos não contabilizados.
Dentre os pontos de atenção temos destaque para os seguintes itens:
• Funcionários PJ com natureza de CLT
• Receitas não contabilizadas ou fora de competência
• Custos compartilhados com partes relacionadas
• Contingências trabalhistas e tributárias não contabilizadas
• Ausência de conciliação entre contábil e financeiro
Ademais, esta estruturação prévia, permite aos atuais proprietários maximizarem o valor da empresa antes da negociação com melhores práticas financeiras, identificação de oportunidades tributárias e previdenciárias e otimização de custos e despesas. Ao se organizar, os atuais proprietários da empresa conseguem ter uma melhor rentabilidade e menos problemas na negociação.
*é professor da Fucape e doutor em controladoria e finanças pela USP
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
