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O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) acaba de selecionar a gestora que será responsável por alocar os R$ 250 milhões do seu Fundo de Investimento em Participações vinculado ao Fundo Soberano, que vai adquirir participação em empresas capixabas de base tecnológica, ou seja, se tornar sócio de startups. Ainda na fase de due dilligence – uma espécie de inspeção antes de sacramentar o contrato – a curitibana TM3 Capital formou um time de investidores com experiência em estruturação de investimentos e em tecnologia e afirma ver no Espírito Santo o potencial de desenvolver startups potentes e um ecossistema de inovação pujante. Um dos sócios fundadores da TM3, Marcel Malczewski, conversou em exclusividade com Mundo Business em visita a Vitória.
*Essa é a primeira de duas matérias que vai traçar o perfil da gestora selecionada pelo Bandes
A TM3 Capital nasceu em 2011 a partir de uma fusão entre duas gestoras de fundos de investimentos: a Trivella Investimentos, de Jon Toscano, e a M3 Investimentos, de Marcel Malczewski.
Mas essa não foi a primeira vez que eles decidiram trabalhar juntos. No início dos anos 2000, a dupla de empreendedores comandou a Bematech, empresa de impressão de recibos e automação comercial que foi listada na bolsa e teve escritório em Long Island.
Marcel deixou a função executiva da companhia para fazer parte do conselho e decidiu operar em outros mercados – a Bematech seria incorporada pela Totvs anos depois, em 2015, em uma transação de R$ 550 milhões.
Enquanto atuava no conselho da Bematech, Marcel decidiu reunir sua experiência em governança e em tecnologia para investir em iniciativas de outros empreendedores através da gestora M3, além de participar do Conselho de Administração de algumas grandes companhias como Positivo Tecnologia e COPEL. Similarmente, Jon seguiu uma trajetória no mercado de capitais e fundou a Trivella.
A reaproximação dos dois capitalistas resultou na criação de um CNPJ ainda mais poderoso, a TM3 Capital, onde Marcel atuou como o principal gestor.
“Ao longo desses 10 anos de estrada na TM3, a gestora, que traz um time com décadas de experiência, investiu desde startups iniciantes até empresas maiores que faturam dezenas de milhões de reais. Todas empresas com receita recorrente e base tecnológica”, detalhou Marcel.
O primeiro contato com o Espírito Santo ocorreu através do Bandes, que é cotista de fundos da TM3 Capital. Essa aproximação aguçou a curiosidade dos gestores paranaenses sobre o ecossistema de inovação do Espírito Santo. Impressionado com o potencial do que viu, Marcel enxergou a oportunidade de trabalhar em prol desse ecossistema.
“Nesse momento em que estávamos olhando para o ambiente de inovação no Espírito Santo, recebemos a notícia de um edital para seleção da gestora do Fundo de Investimento em Participação, conduzida pelo Bandes, que foi constituído com o Fundo Soberano estadual. Entramos na disputa com o propósito de mudar o perfil tecnológico do estado e, pela expertise e capacidade de execução a TM3 foi vencedora”, relata o gestor.
Agora, a TM3 Capital passa pelo processo de diligência e, em seguida, assinará o contrato com o Bandes.
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