Giuseppe Feitoza: de lavador de pratos em Londres a empresário de tecnologia
No início dos anos 2000, o Porto de Santos protagonizou uma mudança histórica na rota logística do agronegócio do Brasil. Com a capacidade de receber navios maiores, com custos mais competitivos, o complexo no litoral paulista se tornou a opção de muitos fazendeiros que exportavam pelo Porto de Paranaguá, no Paraná. Duas décadas depois, o Porto Aracruz (conhecido como Porto da Imetame) no Espírito Santo — que já está em obras — vai entrar na disputa pela exportação do agronegócio seguindo a mesma estratégia do terminal paulista. Entenda melhor
O Porto da Imetame, em Aracruz, que já está em construção, terá capacidade de receber navios que transportam 150 mil toneladas de carga e que, hoje, não operam na costa brasileira.
O maior navio que Santos está apto a receber transporta até 90 mil toneladas– e tem o frete 6 dólares por tonelada mais caro com relação ao modelo que poderá operar em Aracruz.
Um dos fatores decisivos para receber navios maiores é a profundidade das águas do porto, já que navios maiores possuem uma parte submersa maior– a qual chamamos de calado. O porto de Santos suporta navios com calado de até 14,5m, já o Porto de Aracruz, de até 16m.
Os cálculos do Porto Aracruz apontam que o terminal de grãos poderia movimentar por ano entre 9,8 milhões e 11,5 milhões de toneladas de soja, considerando a economia de US$ 6 por tonelada.
No cenário mais otimista, o novo porto do Espírito Santo seria capaz de atender uma demanda entre 23,2 milhões e 27 milhões de toneladas de soja, volume equivalente ao exportado por Santos em 2021.
“Olhando para o cenário mais conservador, nossa zona de abrangência incluiria a soja produzida em Minas Gerais, Goiás, leste de Mato Grosso e parte da Bahia. Em uma perspectiva mais otimista, poderíamos receber soja de áreas ainda mais distantes”, disse a CEO do Porto Aracruz, Cristiane Marsillac, ao Bloomberg Línea.
Desde o ano passado, a Imetame já investiu cerca de R$ 200 milhões no projeto, que receberá um total de R$ 3 bilhões em sua primeira fase, que inclui um terminal de cargas e um terminal de contêineres.
A área de contêineres, aliás, entrará em operação primeiro, em 2024. Já o terminal de grãos está previsto para iniciar as atividades em 2025.
O Hub de Inovação do Grupo Buaiz, batizado de Hugb, foi lançado ontem com a proposta de desenvolver diversos projetos na área de tecnologia, gerando soluções inovadoras para as empresas do grupo.
No Grupo Buaiz, a Hugb vai trabalhar com todas as empresas do grupo: Buaiz Alimentos, Rede Vitória de Comunicação, Shopping Vitória, Escola Americana de Vitória e a parceira Apex Partners.
“Neste projeto piloto, estabelecemos o primeiro ano para preparar o ambiente de inovação de cada empresa e, assim, podermos plantar inovação de uma forma abundante. Quando preparamos o terreno, na hora de colher, colhemos com muito mais qualidade”, explicou o fundador e CEO do Hugb, Americo Buaiz Neto.
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