Setor de rochas capixaba teve recorde de vendas de R$ 6,1 bilhões no mercado interno em 2022
De acordo uma pesquisa exclusiva da Futura Inteligência divulgada no Encontro Data Business Stone, realizado no primeiro dia da Vitória Stone Fair, três em cada quatro empresários capixabas do setor de rochas ornamentais estão confiantes com as oportunidades do mercado brasileiro em 2023. O otimismo do setor de rochas do Espírito Santo com mercado interno vem após um ano em que foi registrado recorde de vendas dentro do Brasil, de $ 6,1 bilhões.
Embora o setor de rochas seja muito vinculado às exportações, 53% do faturamento das empresas capixabas vêm do mercado interno. A pesquisa da Futura mostrou que 75% dos empresários estão otimistas com as perspectivas para as vendas dentro do território nacional.
No setor externo, a pesquisa da Futura apontou que empresários capixabas do setor de rochas estão em uma região que não está entre os maiores compradores de rochas do estado. Pelo menos até o momento.
O Oriente Médio é a região do mundo onde os exportadores de rochas do Espírito Santo mais enxergam as maiores oportunidades neste ano, sendo citada por 36% dos entrevistados.
Apesar de o Brasil possuir apenas 0,6% de fatia de mercado no Oriente Médio, é fato que há muito espaço para crescimento por conta dos investimentos trilionários em construção.
O mercado de construção civil do Oriente Médio tem US$ 3 trilhões em investimentos já contratados. A Arábia Saudita lidera a fila, com US$ 1 trilhão previstos para o mercado imobiliário. O montante da região supera os Estados Unidos, que devem investir US$ 1,6 trilhão em novos imóveis.
“O Oriente Médio se tornou o grande canteiro de obras do mundo e eles tem mais construções sustentáveis do que o Brasil. O fato de rochas naturais terem uma pegada de carbono menor que revestimentos sintéticos influencia na hora de escolher o material para compor uma construção”, afirmou Heitor Fernandes, diretor-executivo da Futura Inteligência.
Os Estados Unidos, que são os principais importadores de rochas capixabas atualmente, possuem cerca da metade dos investimentos contratados do Oriente Médio e os índices de confiança do mercado imobiliário do país estão em patamares baixos.
A China, que é a segunda maior importadora de rochas capixabas, logo atrás dos Estados Unidos, ficou em segundo lugar no ranking de países com mais oportunidades para o segmento, sendo citada por menos de 30% dos entrevistados.
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