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A CBF, indústria de ferro-gusa instalada em João Neiva, referência na produção de ferro gusa carbono zero, anunciou nesta semana seu novo projeto: uma fábrica de briquetes produzidos com resíduos industriais. A nova instalação, que será construída em terreno de 30 mil metros quadrados anexo à indústria, terá capacidade para produzir 180 mil toneladas do material por ano. O projeto demandará um investimento de R$ 50 milhões e transformará a CBF em uma empresa resíduo zero.
Briquetes são blocos compactos de resíduos industriais que podem ser reutilizados como combustível no processo siderúrgico. Na produção dos briquetes, resíduos como finos de carvão vegetal, finos de minérios, lamas de alto forno, antes considerados como resíduos industriais, passam a ser reaproveitados, reduzindo a necessidade de matérias-primas virgens e minimizando o impacto ambiental.
Nos últimos anos, a CBF foi certificada pela produção de ferro gusa com emissão de gás carbônico próxima de zero ou negativa.
“O briquete vai ser para consumo próprio para fechar a economia circular para dar destino aos resíduos. Vamos reenforná-lo e diminuir o consumo de minério e carvão. Vamos ter um ganho econômico e ambiental, com menor uso de matérias primas virgens”, explica Silvia Carvalho Nascimento, CEO da CBF.
A CEO da CBF também destacou a importância do apoio do poder público para viabilizar o projeto em um curto intervalo de tempo. “O Espírito Santo tem se provado um estado sério. Temos um ambiente de negócios saudável, e a mão de obra capixaba é mais capacitada”, disse Nascimento.
A nova fábrica, que será construída em anexo à atual, em João Neiva, Espírito Santo, deve criar cerca de 50 novos empregos. Atualmente, a CBF é uma das principais empregadoras da região, com 600 funcionários.
Em paralelo a essa nova fábrica, a CBF também estuda um projeto de capacitação de trabalhadores junto ao CEFET e Senai, com um investimento de R$ 400 mil.
Fundada em 1986, a CBF possui dois alto-fornos e tem capacidade de produção de 300 mil toneladas de ferro gusa por ano. A empresa é autossuficiente em energia elétrica e fornece produtos para grandes clientes como Volkswagen no México, Tupy, ArcelorMittal e Schulz.
A companhia, que faz parte do Grupo Ferroeste, controlada pela família mineira Nascimento, registrou um faturamento de R$ 830 milhões no último ano crescimento chinês com relação ao ano passado, quando a cifra foi R$ 534 milhões.
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