Set 2023
20
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Zig deve movimentar mais de R$ 6 bilhões em 2023

A SuperTicket foi fundada em Vitória em 2015 por Plinio Escopelle e Leonardo Gomes numa época em que o setor de eventos era majoritariamente baseado em ingressos e gestão no papel e várias iniciativas tecnológicas estavam florescendo no segmento em todo o país.

“Há 8 anos, fundamos nossa empresa com o objetivo de introduzir tecnologia e gestão eficiente para os organizadores de eventos. Naquela época, o setor estava pouco desenvolvido e ainda dependia muito de processos manuais, como o uso de papel. Nosso intuito era proporcionar uma melhor experiência para os frequentadores de festas e uma gestão mais eficaz para nossos clientes”, conta Plinio Escopelle.

Diferente do que é comum entre startups, a SuperTicket cresceu e realizou investimentos robustos em tecnologia sem aportes de investidores externos.

Nessa jornada, a empresa se especializou em duas verticais essenciais para organizadores de eventos: a venda de ingressos e operação de bar– e chamou a atenção da Zig.

A Zig é uma das principais empresas brasileiras de gestão e pagamentos para o mercado de eventos com participação nos principais eventos do Brasil e do mundo como Tomorrowland, The Town, Rock in Rio, Lollapalooza, Fórmula 1, Ultra Festival e Vital, no Espírito Santo.

Em 2023, a Zig deve movimentar mais de R$ 6 bilhões em valor total transacionado e estuda oportunidades de outros M&As e parcerias estratégicas no Brasil e no mundo.

Atualmente com mais de 430 funcionários no Brasil, México e Europa, a empresa triplicou sua operação no último ano e espera dobrar para 2023 trazendo maior relevância para a operação internacional.

Boa parte desse crescimento da empresa nos próximas anos deve ser atribuído à Zig.ticket, que inaugura a vertical de venda de ingressos na Zig.

Anteriormente, a Zig atuava apenas com a comercialização de consumíveis dentro do evento no formato ´cashless´ (sem uso de dinheiro, na tradução literal), que evita filas, comandas e uso de dinheiro nas festas.

Com a aquisição, a Zig empresa quer trazer ao mercado um produto 100% integrado, de ponta a ponta, com a venda de ingressos e operação de bar. Toda a operação nacional e internacional da Zig.ticket permanecerá em Vitória, sob comando de Plínio.

“Vamos atuar com os clientes da Zig no Brasil e no mundo e criar uma jornada única de venda de ingressos e operação de bar. Para isso, vamos ter apoio da capilaridade da empresa ao redor do Brasil, com time comercial, administrativo e infraestrutura tecnológica em quase todas as capitais”, afirma o CEO da Zig.ticket, que planeja quadruplicar o tamanho de sua equipe em Vitória.

Segundo Nérope Bulgarelli, CEO da Zig, a empresa já começou a fazer os principais investimentos com objetivo de trazer essa solução ao mercado já no começo de 2024.

“É um mercado grande e promissor, especialmente se focarmos em eventos de pequeno e médio porte. Há muita oportunidade para agregar valor aos clientes e consumidores finais”, explica o CEO.

O valor da aquisição da SuperTicket não foi revelado, mas o pagamento foi parte em dinheiro e parte em ações da Zig, avaliando a SuperTicket em oito dígitos (ou seja, na casa das dezenas de milhões).

Os fundadores da SuperTicket também são donos da PayTime, processadora de pagamentos que acaba de completar 5 anos de mercado com mais de R$ 15 bilhões transacionados.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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