Grupo Orletti vai atingir seu primeiro bilhão em 2023
Após o fim de mais um trimestre, o mercado de vinhos importados do Brasil ainda não se curou da ressaca. Nos 12 meses que precedem agosto deste ano, o volume de importação da bebida caiu 9,7% em meio a um cenário econômico mais desafiador. Apesar da má notícia, a capixaba Wine– responsável pelo maior clube de vinhos do mundo– comemora resultados recordes. No mesmo período, o volume de importação de vinhos da empresa cresceu 10,8%, reforçando sua liderança nesse segmento no país, com uma fatia de 15,4% do mercado.
Além de ter apresentado uma fatia de mercado recorde na importação, o Clube Wine segue apresentando resultados animadores. O clube de assinatura encerrou o terceiro trimestre de 2023 com 397 mil assinaturas ativas, uma adição líquida de 46 mil novas assinaturas em relação às 351 mil registradas no final do mesmo trimestre do ano anterior.
No segmento Business Offline da Wine, representado pelas vendas para clientes corporativos, a receita líquida do 3º trimestre foi de R$ 99,5 milhões, crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com esse resultado, o faturamento com vendas para pessoas jurídicas e físicas entrou em equilíbrio, com contribuição de praticamente 50% de cada uma para o valor global.
Na operação do México, a Wine segue avançando e soma 9 mil assinaturas ativas no final do 3º tri, performando uma receita líquida de R$ 2,4 milhões no terceiro trimestre de 2023 (2,6 vezes maior que o realizado no mesmo trimestre do ano passado) e acumulado de R$ 6,4 milhões nos nove primeiros meses 2023.
No acumulado de 9 meses até setembro de 2023, a Wine faturou R$ 550,7 milhões, um crescimento de 3,8% com relação ao mesmo intervalo do ano anterior, quando a cifra foi de R$ 530,4 milhões. Nesse período, o lucro líquido foi de R$ 7,1 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 7,6 milhões no ano anterior.
Considerando apenas o terceiro trimestre deste ano, a Wine faturou R$ 201,7 milhões, um crescimento de 6,3% contra o ano anterior e teve um lucro de R$ 4,6 milhões frente a um prejuízo de R$ 6,7 milhões no mesmo trimestre em 2022.
Para o COO da Wine, Alexandre Magno, um dos principais fatores que contribuíram para a evolução dos resultados é a hiperdisponibilidade de vinhos em diversos canais de venda. “O Grupo Wine vem, ao longo dos anos, se diferenciando de seus concorrentes. Nossa estratégia omnicanal nos permite atender o consumidor ao longo de toda sua jornada de compra e em diferentes canais, oferecendo a opção de venda direta ao consumidor final pelas lojas próprias, e-commerce e clube, ou pelos nossos parceiros de B2B, principalmente as redes de supermercado”.
Vale lembrar que os resultados do trimestre foram impactados negativamente por alguns fatores tributários e financeiros. Além do aumento do custo da dívida– a Wine emitiu debêntures para financiar aquisições no passado– e o aumento da variação cambial, o impacto mais importante veio da volta da incidência do imposto estadual ICMS DIFAL– alíquota que tem como objetivo equilibrar a distribuição dos impostos coletados nas vendas interestaduais.
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