Jan 2024
18
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Volume de negócios para o vencedor será de R$ 2,2 bilhões, afirma presidente da Cesan

No leilão realizado na B3, bolsa de São Paulo, o Grupo vencedor ofereceu o desconto máximo de 25% sobre a tarifa estipulada de R$ 7,10 por metro cúbico de água. Outros quatro consórcios– Reúso Vitória, E.G.S Camburi, Aegea e CSSA– participaram do leilão e fizeram lances com descontos menores, de 5% a 13%.

Com quase três décadas de atuação no Brasil, a GS Inima Brasil está entre os quatro maiores grupos privados do setor de água e esgoto do país.

O vencedor do certame investirá R$ 240 milhões na construção da estação de água de reúso que começa a operar daqui a 24 meses. Essa estação vai tratar esgoto de Vitória e Serra e transformá-lo em água reciclada (não potável) que será destinada aos processos industriais da ArcelorMittal Tubarão. Assim, a indústria deixa de “disputar” água potável com os consumidores residenciais.

O prazo da concessão é de 30 anos e a Epar terá capacidade de fornecer 300 litros de água de reúso por segundo– sendo o principal cliente a siderúrgica de Tubarão.

Vale lembrar que a ArcelorMittal Tubarão já fez outro investimento para reduzir o consumo de água dos mananciais: a usina de dessalinização.

Para o Governador Renato Casagrande, o leilão garante uma economia para a Cesan, que não precisará desembolsar o investimento do próprio bolso, e traz segurança hídrica para a Grande Vitória, já que a indústria deixa de usar água potável em seus processos.

“Esse leilão está dentro do plano de adaptação a mudanças climáticas, porque estamos preservando água e garantindo segurança hídrica. ArcelorMittal poderá deixar de usar água dos nossos mananciais e  garantir segurança hídrica para a população e para as indústrias, que não podem parar de produzir em momento de crise hídrica. Também é  uma economia para a Cesan, que teria que construir uma estação de tratamento de esgoto e isso ficará a cargo da GS Inima”, observou Casagrande.

Já o presidente da Cesan, Munir Abud, aponta que o sucesso do leilão é reflexo da boa percepção do Brasil sobre o ecossistema de negócios do estado. “A qualidade e diversidade de grupos empresariais presentes no certame demonstra a credibilidade do Espírito Santo. O leilão envolve R$ 2,2 bilhões em negócios para o vencedor”.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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