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Os canabinóides são esperança de tratamento para milhões de pessoas com autismo, epilepsia e parkinson e, para algumas, a única alternativa. O uso dos medicamentos a base da cannabis foram autorizados no Brasil pela primeira vez em 2014 e, apesar dos lentos avanços, empreendedores apostam alto nesse mercado. A capixaba CBD USA Brasil é uma delas. Em atividade desde 2018, à época como CBD Express, a startup deve alcançar o primeiro milhão em vendas neste ano e recebeu um aporte de dois investidores-anjo brasileiros que residem nos EUA para financiar seu crescimento.
A CDB Express, que só importava e vendia produtos à base de cannabis medicinal, recebeu um investimento de R$ 2 milhões para ampliar suas operações – tornando-se CBD USA Brasil.
Os recursos serão destinados para os EUA, onde é possível plantar e produzir medicamentos da planta.
A CBD já iniciou a produção de fórmulas próprias em parceria com um laboratório no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e passará a vender apenas produtos próprios– e não mais de terceiros.
Além da produção de fórmulas próprias, a startup quer verticalizar toda a produção no futuro, desde o plantio da cannabis nos EUA até a venda no Brasil
Neste ano, a previsão é que as vendas da empresa somem um montante de R$ 1,2 milhão. Já para 2025, a projeção é que elas alcancem R$ 2,5 milhões. Essa projeção acompanha a expansão do mercado: no ano passado 430 mil pacientes realizavam tratamentos com medicamentos à base de cannabis medicinal, um crescimento de 130% em relação a 2022.
“Nós fomos os primeiros no ES a importar medicamentos à base de cannabis medicinal e já atendemos mais de 3 mil famílias”, explica Rômulo Corrêa Alves, o fundador da CBD Express.
Segundo Rômulo, a crescente da comercialização de produtos à base de cannabis medicinal, usados no tratamento de doenças como Alzheimer, Parkinson, autismo e depressão, tem crescido a passos largos no Brasil. Ele avalia que a informação sobre esse tratamento tem crescido entre os médicos e a rejeição diminuído.
“A cada ano, mais médicos prescrevem os medicamentos de cannabis. Apesar de os médicos da velha guarda ainda terem uma certa resistência, a nova geração, abaixo de 40 anos, tem uma abertura maior. Mas posso dizer que em geral a aceitação tem sido cada vez mais positiva.”
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o potencial terapêutico da cannabis medicinal e considera que o seu consumo não apresenta qualquer perigo de dependência nem riscos para a saúde. Seguindo a Portaria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos os produtos são vendidos mediante prescrição médica.
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