Com investimentos de R$ 100 milhões no ES, Energisa e ES Gás buscam fornecedores locais
Na era dos ‘superfoods’ e alimentos com proteína turbinada, a Bready– padaria digital fundada em Vitória pela Turbo Partners– fez sucesso com um o pão proteico e atraiu um investimento de R$ 650 mil via financiamento colaborativo. Nessa rodada, foi avaliada em quase R$ 7 milhões. Em apenas um ano de operação, eles venderam mais de 12 mil latas de pão e atingiram breakeven atuando no on-line, sem captar investimentos e nem entrar no varejo. Com um faturamento na casa dos R$ 300 mil, eles querem colocar o produto nas gôndolas dos supermercados das principais cidades brasileiras para decolar as vendas.
A tese dos fundadores da Bready é explorar o lado saudável do mercado de panificação, que tem um faturamento anual de R$ 105 bilhões no Brasil.
Eles projetam que o pão em lata, que tem 15g de proteína e fica pronto em 90 segundos, pode ganhar espaço no público preocupado com a alimentação e que vê o pãozinho como vilão da dieta.
Outros mercados menores como o de café (R$ 52,9 bilhões) e chá (R$ 1,5 bilhão) tem ‘cases’ relevantes de startups como e Desinchá e SuperCoffee.
Uma vantagem competitiva da Bready é ter nascido no meio digital, sem investimento em indústria ou centro de distribuição.
A produção do pão bem como a logística são terceirizadas com parceiros de São Paulo. Até o momento, a captação de clientes e vendas são completamente digitais.
No mundo das startups, esse modelo é chamado de DNBVs (Digital Native Vertical Brands), ou marca vertical nativa digital.
“Essas características propiciam uma estrutura extremamente leve em custos fixos, além de “gordura” para aquisição de clientes, dado o markup elevado. Outrossim, a criação de marca forte e comunidade engajada aumentam a taxa de recompra, que é a principal variável para o sucesso desse modelo de negócios”, afirma André Musso, sócio da Turbo Partners, empresa que fundou a Bready.
O próximo passo da Bready é colocar o produto na gôndola de supermercados onde as vendas são mais expressivas. Nesse caso, São Paulo. A entrada deve acontecer por empórios e mercados especializados em produtos saudáveis e naturais.
“Brigar por espaço na gôndola dos varejistas é um desafio. Porém, como temos uma presença digital forte com influenciadores e uma comunidade crescente, vamos tornar inevitável que os mercados nos escolham”, completa Musso.
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