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No primeiro trimestre de 2024, o Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), administrado pela Log-In, registrou o maior volume de movimentação de contêineres para um primeiro trimestre, somando 56,3 mil boxes, o que representa um crescimento de 63% se comparado ao mesmo período de 2023. A alta na importação de carros chineses e na exportação de café contribuíram para o resultado.
O recorde do TVV acompanha os números históricos do comércio exterior do Espírito Santo. No 1º trimestre, a corrente de comércio (soma das importações e exportações) do estado somaram US$ 5,5 bilhões, um crescimento de 35% com relação ao ano passado.
Gustavo Paixão, Diretor de Terminais da Log-In, ressalta que a continuidade da forte exportação de café pelo estado do Espírito Santo, contribuiu diretamente para os resultados do período.
Outro fator que impactou os resultados do TVV está relacionado ao aumento da importação de veículos elétricos em contêiner flat rack, serviço inédito no Brasil, que tem capacidade de enfileirar e empilhar carros. Foi possível graças a uma parceria entre o TVV e a chinesa Cosco.
“O crescimento da importação de automóveis é um dos fatores para esse recorde. Essa antecipação de importações é estratégia para evitar a taxação progressiva que entrou em vigor. Mas temos a contribuição da exportação nesse volume, com a retomada muito forte do café capixaba no cenário mundial – batendo recorde de preço e volume”, completa o diretor do TVV.
Dados da Administração Geral da Alfândega da China mostram que o Brasil é o país que mais compra carros elétricos chineses no mundo. No acumulado de janeiro a abril de 2024, foram 88,32 mil unidades – e a maior parte disso chega pelo Espírito Santo.
“No TVV, o cenário não é diferente. Somente em 2023, recebemos, ao todo, 44.600 veículos elétricos da China, em parceria com a Cosco. Além disso, fomos reconhecidos como um dos fornecedores destaque da empresa chinesa em 2023, tendo alcançado 25% de participação no volume de carros elétricos movimentados pela companhia”, ressalta.
As boas notícias, porém, chegam juntas a uma série de desafios. O grande fluxo de mercadorias tem colocado portos brasileiros e capixabas para trabalharem na capacidade máxima. Sem modernizações e investimentos, o Comex pode sofrer com gargalos.
“O Brasil vem alcançando aumentos de produção e negócios com novos mercados, e que este cenário instiga a discussão acerca da necessidade de novos investimentos e modernizações nos portos brasileiros, a fim de atender tamanha demanda”, afirma o diretor da Log-In.
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