Set 2024
10
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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2Neuron vai navegar em mercado competitivo, mas acredita ter diferenciais

Há dois anos a 2Neuron nasceu com o apoio de duas empresas relevantes do segmento metalmecânico do Espírito Santo, Estel e Imetame. Juntas, aportaram R$ 1 milhão na empreitada de dois engenheiros jovens: Gabriel Coimbra e Yves Coelho.

Eles desenvolveram uma tecnologia capaz de predizer falhas mecânicas e elétricas em qualquer máquina rotativa industrial, como motores elétricos, bombas e redutores. No ambiente industrial, prevenir paradas inesperadas pode evitar perdas de dezenas de milhares até milhões de reais.

  • “A indústria conecta nosso dispositivo plug and play no painel elétrico e a partir daí analisamos a variação do campo eletromagnético dos motores com a leitura de corrente e tensão”, explica Gabriel Coimbra, sócio-fundador da 2Neuron.

Nos últimos anos, soluções de predição de falhas industriais borbulharam no mercado. O principal case brasileiro até o momento é a Tractian, startup que foi avaliada em R$ 1 bilhão com o “shazam da indústria”. A capixaba Futurai também tem uma solução semelhante, com predição por meio de leitura de dados de sensores.

A 2Neuron acredita ter um diferencial competitivo para navegar nesse mercado. “Conseguimos monitorar máquinas mesmo que elas estejam inseridas em condições extremas, seja um ambiente submerso ou uma área de alto calor. Essa vantagem facilitou a nossa entrada em diversas indústrias”, completa Coimbra.

MERCADO DE R$ 24 BILHÕES

Hoje, a 2Neuron possui 200 dispositivos ativos em máquinas e atende grandes plantas e indústrias como ArcelorMittal, Grupo Dexco, BRK Ambiental, Aegea e Vale. Eles enxergam um mercado de R$ 24 bilhões no Brasil e já iniciaram o processo de internacionalização. Para eles, o investimento do Funses vai acelerar a curva de crescimento.

“É um investimento com recurso dos capixabas, então penso que nada mais justo que investir em uma empresa que tem potencial de crescer e até abrir capital na bolsa. Também vejo esse aporte como uma forma de incentivar talentos no campo da tecnologia. Aqui no estado surgem tecnologias revolucionárias que os grandes centros do Brasil não tem e muitos lugares do mundo ainda não acessaram”, afirma Gabriel Coimbra.

Além do investimento do Fundo Soberano, a 2Neuron terá a participação de Marcel Malczewski como conselheiro. Ele é sócio da Quartzo Capital, gestora do Funses1. “Temos uma grande oportunidade de investir no amadurecimento da empresa. É um negócio que tende a ter uma ótima resposta de mercado e que tem grandes chances de se tornar um case de sucesso”, afirma Malczewski.

 

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