Fundo Soberano investe mais R$ 5,8 milhões em startups capixabas e nacionais
Em 2024, o Espírito Santo reforçou sua posição como porta de entrada para os veículos importados no Brasil. No 1º semestre do ano, mais de US$ 2,8 bilhões em automóveis de passeio chegaram ao Brasil pelos portos capixabas – uma média de US$ 466 milhões por mês. Esse valor é cinco vezes maior do que no mesmo período do ano anterior e superior ao total de carros importados nos anos completos de 2022 e 2023. No entanto, a cifra despencou a partir de julho, quando a tarifa de importação de carros eletrificados teve uma elevação significativa.
A importação de automóveis pelo Espírito Santo veio em uma crescente no primeiro semestre e culminou em um volume recorde de US$ 1,2 bilhão apenas no mês de junho.
A partir de julho e agosto, os valores de importação de carros tiveram quedas significativas, ficando bem abaixo da média do 1º semestre.
Importação de automóveis de passeio pelo Espírito Santo em 2024:
Janeiro – US$ 248 milhões
Fevereiro – US$ 269 milhões
Março – US$ 347 milhões
Abril – US$ 322 milhões
Maio – US$ 422 milhões
Junho – US$ 1,2 bilhão (recorde mensal)
Julho – US$ 76 milhões
Agosto – US$ 127 milhões
IMPORTADORES GARANTIRAM ESTOQUE ANTES DE AUMENTO DA ALÍQUOTA
A explicação para esse recuo é o início da segunda fase do imposto federal sobre carros eletrificados, que entrou em vigor em julho.
“Em deliberação ocorrida em 2023, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) decidiu retomar a tributação sobre a importação de carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in em janeiro de 2024. O imposto de importação de carros elétricos começou o ano em 10% e subiu para 18% em julho. No caso dos híbridos, a alíquota de 15% para 25%. Já a tarifa dos híbridos plug-in, o imposto foi de 12% a 20%”, afirma Lucas Rodrigues Lima, head tributário do APD Advogados.
O próximo aumento da tarifa está programado para julho de 2025 e julho de 2026, ano em que o imposto para todas as categorias de eletrificados subirá a 35%.
Na avaliação de Guilherme Quintaes, diretor da Superia Trading, os importadores garantiram níveis de estoque elevados antes da alta da alíquota. “Os importadores anteciparam as compras frente ao aumento do imposto e algumas montadoras fizeram até seis meses de estoque. Temos que observar os impactos dessa taxação daqui pra frente, principalmente considerando o fato de que as principais fabricantes de carros eletrificados, BYD e GWM, estão construindo fábricas no Brasil”, afirma Quintaes.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória