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O gargalo logístico dos sistemas portuários capixaba e brasileiro estimularam a implementação de novas soluções para o embarque de commodities relevantes para a economia capixaba. A capixaba CRUZZTO, especializada em soluções logísticas para o setor de rochas naturais, está começando a colocar em prática o StoneLift, uma embalagem que permite o embarque de rochas fora de contêineres. Na prática, as chapas podem ser embarcadas em qualquer navio, aproveitando o espaço “morto”, o que pode reduzir o tempo de carregamento em até 60% e o custo ao consumidor final em até 15%.
A StoneLift começou a ser desenvolvida por uma equipe de engenheiros junto à CRUZZTO há três anos. A proposta era criar uma embalagem reutilizável para rochas e substituir o contêiner.
“O contêiner é uma solução ideal para cargas gerais, que tem muito volume e pouca massa. A rocha tem muita massa e pouco volume, por isso o contêiner nem sempre é a melhor embalagem para transporte marítimo”, afirma Fábio Cruz, sócio da CRUZZTO e vice-presidente do Centrorochas.
Ainda na fase de testes, o StoneLift se mostrou eficiente para contornar alguns desafios do transporte portuário. O principal deles é não depender de um terminal de contêineres para exportar rochas – hoje o Espírito Santo tem apenas um, o Terminal de Vila Velha.
Além disso, a embalagem permite que as rochas sejam transportadas na maioria dos navios que operam no Brasil, inclusive aproveitando capacidade ociosa em rotas importantes como Estados Unidos e Oriente Médio.
“O objetivo é tornar o produto brasileiro mais competitivo no exterior. O Brasil deixa de crescer em mercados relevantes como o Oriente Médio por conta de desafios logísticos. Nesse sentido, a expectativa é reduzir o tempo de embarque em 60% e diminuir preço das chapas em até 15% no mercado americano”, projeta Cruz.
Ainda neste mês, a CRUZZTO vai embarcar quatro StoneLifts com chapas de rochas no navio G2 Ocean, que vai atracar no Portocel, terminal especializado em celulose, em Aracruz. A expectativa é validar a solução e ampliar o volume de embarque.
“O navio tem uma capacidade ociosa equivalente a 250 StoneLifts. Queremos pegar carona nessas rotas que estão otimizadas e tornar o produto capixaba mais competitivo no mundo”, completa Fábio Cruz.
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