Set 2024
25
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Set 2024
25
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

Descomissionamento pode movimentar indústria metalúrgica e de resíduos

O Terminal Nova Holanda (TNH) terá características competitivas para atrair a atividade de descomissionamento. O porto estará localizado em águas abrigadas, próximo a campos de exploração de petróleo e gás, com uma área inicial livre para cargas de 92.600 m2. O píer terá 525 m livre para atracação, calado de 12,5 m, heliporto e um futuro parque de tanques.

O investimento previsto é de R$285 milhões. A primeira atracação poderá acontecer 22 meses após o início das obras.

Hoje, as plataformas de petróleo são descomissionadas no Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul ou até no exterior. A plataforma FPSO Capixaba, por exemplo, foi enviada para um estaleiro dinamarquês para ser desmontada.

Na prática, o Espírito Santo está perdendo um volume bilionário de negócios, afinal, os donos das plataformas devem, obrigatoriamente, investir no descomissionamento.

MERCADO EM ALTA

Os empreendedores do Nova Holanda projetam que o Brasil deve desenvolver dezenas de operações de descomissionamento nos próximos anos.

“O Brasil tem cerca de 330 plataformas de petróleo em operação no mar e mais de 30 já tem previsão de entrar em descomissionamento”, afirma Hugo Marques, um dos responsáveis pelo projeto.

Na avaliação dos empreendedores, o Espírito Santo não tem outras alternativas claras para entrar nesse mercado no curto prazo. O Estaleiro Jurong está focado no atendimento à Marinha Brasileira na próxima década. O porto da Imetame, bem como os terminais da VPorts, não sinalizaram a intenção de entrar nesse tipo de operação.

Além da atividade de descomissionamento, o Nova Holanda acredita que pode a cadeia de processamento de resíduos e reciclagem de materiais como o aço no estado. “Estamos perto de um centro urbano com indústrias metalúrgicas, como a Simec, que favorece o aproveitamento de materiais de alto valor agregado provenientes das plataformas”, afirma Hugo Marques.

  • “Sinalizamos para o empreendedor que o estado tem todo o interesse de receber esse investimento, para aumentar a nossa área portuária disponível”, comentou o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço.

Já antecipando o declínio da atividade de descomissionamento com o passar das décadas, o Terminal Nova Holanda poderá ser convertido em um porto de cargas gerais ou contêineres – uma boa notícia para o estado.

 

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas