Economia

Município capixaba alcança maior PIB per capita do país

De acordo com o levantamento, o município de Presidente Kennedy, no interior do Espírito Santo, registrou crescimento de 0,10% para 0,12%. Municípios fluminenses também se destacaram

O município de Presidente Kennedy recebe royalties do petróleo Foto: Estadão Conteúdo

Os municípios com economias voltadas para commodities minerais tiveram ganho de participação superior no Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, em relação às cidades que sobrevivem da atividade industrial. As informações fazem parte da pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2012, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com o levantamento, o município de Presidente Kennedy, no interior do Espírito Santo, registrou crescimento de 0,10% para 0,12%. Além disso, a cidade manteve-se como o maior PIB per capita do país em 2012 (R$ 511.967,24), enquanto o menor foi Curralinho (R$ 2.720,32), no Pará.

Também foram beneficiados pela alta das commodities minerais os municípios fluminenses de Campos dos Goytacazes, cuja participação no PIB nacional passou de 0,9% em 2011 para 1,0% em 2012, Cabo Frio (de 0,23% para 0,28%), Rio das Ostras (de 0,22% para 0,26%) e Macaé (de 0,30% para 0,33%). Todos ganham royalties do petróleo. 

São Paulo acumula perdas

Embora o resultado seja positivo para municípios beneficiados por royalties, algumas cidades acumularam quedas na participação. Segundo o estudo, o baixo desempenho da indústria de transformação em 2012 foi o principal responsável pela perda de participação do PIB de municípios brasileiros de perfil industrial importante, com destaque para São Paulo, município que gera mais renda no país. 

Em 2012, o PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% em termos reais na comparação com 2011. Em valores correntes, o resultado alcançado chegou a R$ 4,39 bilhões. Rio de Janeiro, segundo município com maior participação do PIB nacional (5%) e Brasília (3,9%) tiveram perda de 0,1 ponto percentual na participação em relação a 2011.

Goiânia (de 0,67% para 0,69%) e Aracaju (de 0,22% nos dois anos) subiram uma posição no rankingdas capitais e ultrapassaram Vitória (de 0,68% para 0,65%) e Porto Velho (de 0,23% para 0,22%), respectivamente. No entanto, a participação relativa do conjunto das capitais (33,4%) foi a menor da série histórica, iniciada em 1999. Em 2011, esse percentual era 33,7%. Em 2012, capitais da Região Norte foram responsáveis por 2,3% desse total; as da Região Nordeste, 4,7%; as da Região Sudeste, 18,4%; as da Região Sul, 2,7% e as da Região Centro-Oeste, 5,3%.

Em 2012, a geração de renda permaneceu concentrada em 5,8% dos municípios (324 dos 5.565) que respondia por 75% do PIB. Somente São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus geraram aproximadamente 25% da renda de todo o país.

Ainda segundo o IBGE, as regiões Norte e Nordeste continuaram se caracterizando pela dependência dos estados em relação às capitais, sendo a principal verificada no Amazonas: Manaus contribuiu com 77,7% do PIB estadual. O estado de Santa Catarina era o mais autônomo em 2012, segundo o estudo, já que a capital, Florianópolis, participava com 7,1% da geração de renda estadual. Esta é a única capital fora da primeira posição em seu estado. Itajaí (11,1%) ocupava a primeira posição, seguido de Joinville (10,3%).

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios é pesquisado desde o ano 2000, em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).