1.950 - A Filosofia Kaizen através da prática do Método 5S – Vamos praticar?

Ômar Souki – Engenheiro, escritor de vários livros, consultor/palestrante e parceiro da nossa União Brasileira para a Qualidade e Inovação. ES e do Blog Gestão e Resultados. Veja foto ao lado comemorando o dia do Empreendedor – 5 de Outubro.

Hoje melhor que ontem; amanhã melhor que hoje. Essa é a filosofia kaizen que, em japonês, significa aprimoramento contínuo. Tem sido utilizada pelas empresas japonesas com grande êxito. Mas seu alcance não se limita apenas ao mundo empresarial. É um conceito que pode ser aplicado a nossa própria vida. Na prática, consiste de 5 passos, que ganharam o nome de 5 Ss, devido aos seus nomes em japonês: 01. Senso de utilização (Seiri); 02. Senso de organização (Seiton); 03. Senso de limpeza (Seiso); Senso de padronização (Seiketsu); Senso de disciplina (Sheitsuke).

Foto, a seguir,  dos quadros do 5S em formato A3 para exibição nas empresas nas áreas de trabalho e salas de treinamentos.

O senso de utilização diferencia o necessário do desnecessário. Por exemplo, procuro retirar do meu escritório qualquer coisa que possa me distrair. Consiste em verificar todas as ferramentas e materiais necessários para um certo tipo de trabalho. Todo o resto é guardado ou descartado. Reduz os obstáculos a realização de nossas tarefas.

O senso de organização se refere à ordem das ferramentas e materiais que serão utilizados. No meu caso, deixo em cima de minha mesa apenas os livros que utilizarei durante uma jornada de trabalho. Colocando ferramentas e equipamentos onde serão utilizados, conseguimos eliminar movimentos desnecessários.

O senso de limpeza: manter o mais limpo possível o nosso local de trabalho. “É a eliminação da sujeira sob todos os aspectos, incluindo a boa preservação dos equipamentos, ambiente de trabalho limpo, com agradável sensação de bem-estar e eliminação de estoques desnecessários” (tuliomartins.com.br). Nas empresas japonesas a limpeza é uma atividade cotidiana. No fim de cada jornada limpa-se o ambiente e tudo é recolocado em seus devidos lugares. Dessa forma, torna-se mais fácil localizar o que é essencial. A limpeza deve ser considerada como parte do trabalho e não como uma atividade a ser realizada quando as coisas estiverem sujas e fora do lugar.

O senso de padronização, além de incluir uma rotina de limpeza, revisão e manutenção, inclui cuidados com a aparência e a saúde dos colaboradores. Como escritor, passo longas horas parado, lendo e escrevendo, portanto, é essencial que eu dedique uma parte do dia—aproximadamente uma hora e meia—aos exercícios físicos.

“Abordando o aspecto da saúde, dois pontos são importantes. Sobre a aparência física alguns cuidados com cabelo, barba e unhas são importantes. Roupas e sapatos que condizem com o meio empresarial são necessários para a passagem de credibilidade. Ademais, a saúde física também é importante” (quimicajr.com.br).

Por último, devemos contemplar o senso de disciplina. Durante a semana mantenho, na medida do possível, a rotina de ir à missa, exercitar-me e escrever. Disciplina inclui o compromisso moral, mental e físico de executar os quatro passos anteriores. Manter o nosso ambiente tanto de casa quanto de trabalho apenas com o necessário, bem-organizado e limpo é essencial. E, para aumentarmos nosso pique, precisamos de estar constantemente investindo na padronização de nossas atividades, assim como em nossa saúde emocional, espiritual, mental e física.

Em suma, o kaizen brotou da sabedoria milenar japonesa e se espalhou pelo mundo como uma forma de agir que estimula não só a produtividade, mas também uma excelente qualidade de vida. Destruídos depois da segunda guerra mundial, os japoneses—seguindo à risca essa filosofia—conseguiram, não só reconstruir o seu país, mas também tornar-se uma das nações mais prósperas do planeta.

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.