O Japão do pós guerra vivia o seu pior momento, destruído buscava a reconstrução em meio à destruição que ia além da infraestrutura do país, ou seja, a principal luta estava na recomposição do moral dos japoneses.

GAF_2016.04.15_23h41m02s_005_É sabido aos quatro cantos a importância de W.Edwards Deming e Joseph M. Juran  neste papel importante do reerguimento do país a partir de uma nova mentalidade gerencial junto aos líderes empresariais japoneses. A questão básica estava no lema “vencer a crise”.

Sob o ponto de vista do desenvolvimento industrial brasileiro e influências mundiais, nossa crise já era de conhecimento em 2008 e foi se agravando aos longo do tempo até os dias atuais, embora o governo minimizasse tal episódio (a tal marolinha…).

Podemos dizer que é uma guerra um tanto diferente do Japão nos anos 50, mas trata-se de uma guerra brasileira onde registramos índices baixíssimos na educação, produtividade do trabalho, inovação, produtividade empresarial, competitividade, segurança…. entre outros indicadores estratégicos, e dentro da necessidade de vencermos estas batalhas voltamos aqui no Blog Gestão & Resultados com os famosos princípios de Deming com algumas pequenas adaptações e atualizações para os dias atuais. Vamos aos 14 princípios de Deming para a melhoria da competitividade para o novo milênio.

1º princípio: Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do produto e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade. A melhoria (Kaizen) e Inovação são caminhos certeiros para a diferenciação, qualidade e resultados ao cliente.

2º princípio: Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era econômica. Liderar para a competitividade através da sinergia com os parceiros, fornecedores, colaboradores e clientes. A modernidade nas relações com o mercado é fundamental.

GAF_2016.05.30_10h22m41s_022_3º princípio: Elimine a necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade no produto desde seu primeiro estágio; Crie indicadores prioritários para certificar-se do total controle e gestão dos processos.

4º princípio: Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no preço. Tenha evidências reais da qualidade incorporada nos serviços e produtos adquiridos. Lembre-se, a qualidade deve vir agregada ao fornecimento.

5º princípio: Melhore constantemente o sistema de produção e de prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, conseqüentemente, reduzir de forma sistemática os custos; O uso de sistemas de qualidade nos moldes da ISO é altamente recomendável. Não deixe de estimular a participação dos empregados nas melhorias e nos projetos da empresa.

6º princípio: Institua treinamento no local de trabalho; As melhores empresas investem mais de 100 horas de treinamento por funcionário, por ano. O aprendizado contínuo é a garantia de bons resultados agora e no futuro

7º princípio: Institua liderança. O objetivo da liderança deve ser o de ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho melhor. Crie um ambiente permanente de coaching na empresa.

8º princípio: Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de modo eficaz e integrados (sinergia) para a empresa; A relação cliente-fornecedor interna é o que garante melhores resultados no fim da linha.

9º princípio: Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas devem trabalhar em equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou serviço;

10º princípio: Elimine lemas, exortações e metas para a mão-de-obra que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis produtividade com base na qualidade através do treinamento e educação contínuos na empresa.

11º princípio: Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de produção. Substitua-os pela liderança e foco nos processos dando ênfase na qualidade e na produtividade em cada etapa.

GAF_2016.07.17_21h25m43s_048_12º princípio: Remova as barreiras que privam o operário  de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. Institua a meritocracia como base para a motivação e facilite a participação de todos na eliminação e prevenção de problemas.

13º princípio: Institua um forte programa de educação e auto-aprimoramento. Utilize fortemente os recursos informatizados e aplicativos digitais para facilitar a transmissão de conhecimentos tanto presenciais como também à distância.

14º princípio: Engaje todos da empresa no processo de realizar a transformação. A transformação é da competência de todo mundo. Estabeleça novas metas e desafios a partir do compromisso da alta administração, líderes e supervisores.

SUCESSO!

Fonte: DEMING, W. E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva, 1990. FERREIRA, G.A – Gestão pela Qualidade sem dor de cabeça – Qualitymark editora RJ. 1998

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.