DEMING – ROTINAS E DIRETRIZES

Hoje, terça feira, estivemos em uma empresa capixaba discutindo desempenho da gestão da rotina diária e também sobre projetos futuros. Inevitavelmente tivemos que lembrar e rever os ensinamentos de DEMING, o grande guru da qualidade e seus feitos no Japão e também nos EUA. Os ensinamentos de Deming caem como um luva nas empresas capixabas e também de todo o Brasil. Apesar de simples, as doenças aqui relatadas são contundentes, porém, temos também notícias boas, essas doenças podem ser tratadas com PREVENÇÃO e também com alguns remédios caseirtos, tipo bom senso, educação, capacitação, disciplina… entre outros.

W. Edwards Deming, ficou conhecido como o cientista que foi ensinar qualidade e estatística aos japoneses durante a ocupação norte-americana (porque os telefones no Japão não funcionavam direito) , abaixo nos ensina as famosas cinco “doenças fatais (ou mortais) da administração” (“the administration’s five deadly diseases”):

1- Falta de objetivos constantes.
(Lack of constancy of purposes)
Não é possível realizar um bom trabalho se os objetivos gerenciais mudam a cada instante ou não estão bem claros e divulgados. Objetivos dispersos e obscuros não comunicam absolutamente nada para a força de trabalho.
2- Ênfase em lucros imediatos a curto prazo.
(Emphasis on short term profits)
Isso é muito comum no ocidente, em que a “taxa interna de retorno” manda mais que o bom senso.
3- Sistema atual de avaliação dos funcionários que esconde uma “administração pelo medo”. Uma boa avaliação leva tempo.
(Annual rating of performance)
O desempenho é conseguido pelo medo, pelo castigo e não pela conscientização. Erros são escondidos. A criatividade é castrada.
4- Imobilidade da administração. A alta direção deve ir aos locais de trabalho para conhecer a raiz dos problemas.
(Lack of mobility of the management)
Não fiquem sentados nos escritórios com ar condicionado imaginando quais são as causas dos problemas. A ordem é sair em campo e administrar a realidade dos fatos e dados.
5- Levantamento de dados e mais dados (só números) E o intangível?
(Use of visible figures only)
Por exemplo: como posso colocar em números qual o efeito multiplicador de um cliente insatisfeito? Como podemos unir os números com as evidências de qualidade?

Parece simples não? Então vamos colocar em prática, e com certeza os clientes vão comemorar os bons resultados de produtividade da empresa. Maior qualidade ao cliente por um custo cada vez menor.

Getulio Apolinário Ferreira Colunista
Colunista
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa.