Nada ocorre por acaso, tudo tem uma razão de ser e não adianta ficarmos pensando que a empresa tal é uma empresa de sorte e está crescendo lucrativamente porque o ambiente é favorável. É preciso sair da ingenuidade e começar a investigar as razões do sucesso. Alguns passos importantes para saber porque algumas empresas tem tanta “sorte”.

    BOM PROJETO: Um projeto competitivo tem como base um belo PLANO DE NEGÓCIOS feito com muito rigor e aprofundamento. Neste momento uma avaliação estratégica do ambiente interno e externo com estudos focando Oportunidades e Ameaças, Pontos fortes e Pontos Fracos, é de suma importância para a definição de diretrizes estratégicas: Onde queremos chegar.

      BOA ESPECIFICAÇÃO: Os grandes comerciantes dizem que o sucesso das vendas inicia-se na boa compra, ou seja, é necessário que saibamos especificar corretamente a QUALIDADE, CUSTO ADEQUADO e o PRAZO REQUERIDO para que possamos agregar valor aos produtos e serviços adquiridos em nosso processo.

        BONS FORNECEDORES: A qualidade no fornecimento depende da competência dos fornecedores. Um bom programa de qualificação e desenvolvimento de fornecedores pode melhorar substancialmente a garantia da qualidade no fornecimento, e podemos ainda exigir que o cadastro de fornecedores para itens críticos em nosso processo, seja constituído de empresas que tenham CERTIFICAÇÃO ISO 9001-2008, e outras certificações, caso o mercado exija.

          BOAS COMPRAS: Como dizia DEMING no seu ponto número 4 (Ver 14 pontos de DEMING). Pare de avaliar as transações (COMPRAS) com base somente no preço. A alta administração deve parar de avaliar as transações baseadas na proposta de preço mais baixo porque o preço não tem significado sem qualidade. O objetivo é ter fornecedores únicos para cada item, e assim desenvolver com eles, a longo prazo, um relacionamento de lealdade e confiança e por meio disso fornecer bens e serviços melhores. Os compradores devem ser treinados em negociação e controles estatísticos e exigir o mesmo dos fornecedores. Eles devem rastrear os materiais durante todo o ciclo de vida do produto a fim de examinar como as expectativas dos clientes são afetadas e dar um feedback aos fornecedores com relação à qualidade do que foi comprado deles.

            PROCESSO CAPAZ: Neste grande e importante tópico está o coração da empresa. A capacidade do processo produzir algo de valor, com qualidade, baixo custo e dentro do prazo requerido pelo cliente ou mercado, envolve um conjunto de itens de rotina e também de melhorias constantes (inovação). Aqui entra a visão sistêmica do processo com base nos Ms: Mão de Obra competente e Inovadora, Máquinasequipamentos e infra estrutura,adequados e ajustados aos processos, Meio Ambiente respeitado e cuidado em termos de sustentabilidade, Métodos inovadores e seguidos pelos empregados e terceiros, Manutenção preventiva e de baixo impacto no custo total da empresa, Mensagens rápidas e eficazes valorizando a comunicação interna e externa, Mérito e premiação aos empregados e terceiros pelos bons resultados atingidos e Medição via dados estatísticos e gráficos de tendências para prevenir a ocorrência de problemas nos processos e também nos clientes. Medir também todos os gargalos e criar uma logística bem robusta e orientada ao cliente.

            BOAS VENDAS: Além da venda como instrumento vital para puxar a produção da empresa, é preciso também cuidar do Pós Venda, ou seja, dar ao cliente a sensação de que ele depois da compra não ficou abandonado. Para a empresa tal procedimento traz a vantagem de se poder avaliar o desempenho do produto vendido e ao mesmo tempo dar confiança e segurança ao mercado. O respeito ao cliente pode ser melhorado com o uso de canais de comunicação abertos para a sua participação, reclamações e sugestões à empresa via internet ou pelo telefone 0800, ou através do contato com os representantes e vendedores. Um venda não termina na entrega do produto ou execução do serviço, ela (a venda) começa exatamente neste momento mágico.

              Concluindo, QUALIDADE AO CLIENTE E SUCESSO NO MERCADO NÃO TEM MÁGICA, é uma coisa simples, que pode ser estruturada com base nestes 6 pontos. Vamos em frente, a concorrência não vai nos esperar, principalmente os chineses, coreanos, japoneses…

              Getulio Apolinário Ferreira

              Colunista

              Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

              Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.