Embora seja um dos tipos de organização mais populares em todo o mundo, as estatísticas (Eduardo Najjar – Empresa Familiar – construindo equipes vencedoras na família empresária – Intregare Editora 2011), apenas 15% consegue passar o patrimônio para a terceira geração demonstrando um alto grau de mortalidade.

O número é preocupante, principalmente quando se verifica que a razão predominante desse índice reside nos conflitos familiares que, em geral, não são resolvidos adequadamente.

COMPARATIVOS ENTRE EMPRESAS FAMILIARES E NÃO FAMILIARES

EMPRESA FAMILIAR EMPRESA NÃO FAMILIAR
O objetivo é a continuidade O objetivo é a maximização do valor das ações, a curto prazo.
A meta é a conservação dos ativos e do prestígio da família controladora. A meta é a satisfação das expectativas dos acionistas.
A crença fundamental é de que é prioridade proteger a empresa dos riscos. A crença fundamental é de que um risco maior promete rendimentos maiores.
A orientação estratégica é a adaptação A orientação estratégica é o crescimento constante.
Os interessados mais importantes são os clientes e os funcionários. Os interessados mais importantes são os acionistas e os gestores.
A empresa enxerga-se como uma instituição social. A empresa enxerga-se como um ativo descartável.
A liderança é a administração A liderança é o carisma pessoal

Adiciona-se ao conjunto das diferenças as questões antagônicas que envolvem decisões emocionais e decisões racionais no ambiente da empresa familiar. O grande desafio, portanto, reside, na capacidade do alto executivo, em mesclar os pontos positivos da empresa familar com os postivos da empresa não familiar.

Getulio Apolinário Ferreira Colunista
Colunista
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa.