Mesmo estando na lista de metas das principais empresas do mundo, inovar ainda é uma tarefa muito difícil para os latino-americanos. Ao contrário de países como Estados Unidos e Coreia do Sul, que lideram os processos inovadores, por aqui esse movimento ainda funciona como uma resposta às ameaças da economia tradicional. O motivo: falta tempo.

Essa foi uma das constatações da pesquisa Inovação na América Latina, feita pela Escola de Negócios da América Latina pelo Crescimento Econômico Sustentável (Enlaces), uma parceria entre a Fundação Dom Cabral, a Universidad de Los Andes, a Universidad de San Andrés e a Universidad de Chile.

Para a evolução dessa habilidade, a empresa precisa não só olhar no longo prazo como alimentar o conflito. Segundo Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação da Fundação Dom Cabral, inovação “exige diversidade e pressupõe tentativa, erro, aceitação dele e principalmente liberdade de rotina para a criação”. E isso toma tempo.

“Quanto mais operacional o nível hierárquico, menor a capacidade de inovação, porque falta tempo”, diz Arruda. A falta de um olhar de longo prazo afasta as empresas do ambiente ideal para o florescer da criatividade. “O tempo é sempre um fator crítico em função do foco constante no curto prazo.”

Risco

O olhar para o futuro requer uma boa dose de ousadia e investimentos, e esses também são pontos fracos das empresas latinas, avessas ao risco. Entre as 400 empresas pesquisadas, apenas 41,9% tem uma posição clara para a inovação no seu planejamento estratégico.

Isso é o que mantém boa parte das corporações daqui fora das vanguardas de inovação. “Há um certo pragmatismo empresarial. Os gestores inovam para buscar melhores condições competitivas e não para inaugurar um novo mercado ou ampliar o setor em que atuam”, diz. “São processos incrementais que melhoram a posição da empresa, apenas.”

Apenas 55,4% das pesquisadas afirmam usar a diferenciação de seus produtos e serviços como estratégia para alcançar a liderança do mercado.


Exemplo

São poucas as empresas que se destacam internacionalmente nesse aspecto. Arruda menciona a Embraer como o principal exemplo brasileiro.

A principal vantagem competitiva da empresa em inovação está na sua inteligência em antecipar o que Arruda chamou de “megatendências”. “A Embraer historicamente atua no desenvolvimento do mercado de aviação”, diz.

Fonte: Jornal GGN

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.