Conceito básico: O Balanced Scorecard – BSC, é uma metodologia de medição, avaliação e acompanhamento (leia-se, controle) das diretrizes estratégicas de uma organização, desenvolvida pelos norte-americanos Robert Kaplan (professor na Harvard Business School) e David Norton (consultor de empresas) e dada a conhecer pela primeira vez em 1992 num  artigo publicado na Harvard Business Review.

Na comparação com outros mecanismos da gestão estratégica, o BSC tem similiaridade com o sistema de Gestão por Indicadores quando alinhado aos objetivos estratégicos. Tal situação pode ser observada em Gerenciamento pelas Diretrizes – Vicente Falconi – EDG, 2004. O desdobramento das diretrizes se consolida pelo acompanhamento dos indicadores do sistema (itens de controle: efeitos esperados, e itens de verificação: conjunto de causas a serem gerenciadas).

No BSC, os grandes objetivos são:

. Simplificar a estratégia e a sua comunicação a todos os membros da organização tornando mais fácil e prático o seu acompanhamento e controle, ou seja, como já citamos, desdobrar a estratégia até o nivel da execução.

. Alinhar a organização  (objetivos) com a estratégia – ver Mapa Estratégico – matriz geral de alinhamento estratégico na organização.

. Ligar a estratégia ao plano e ao orçamento anual da organização dentro das perspectivas estratégicas definidas.

. Medir a eficácia da estratégia através de reuniões nos vários níveis de decisão da organização: Diretoria, superintendências, divisões, seções e supervisões (por exemplo).

O BSC está estruturado em 4 dimensões:

· Perspectiva do Cliente e Fornecedores: será que a organização oferece aos seus clientes um valor superior ao oferecido pelos seus concorrentes, em termos de qualidade e desempenho, preço e capacidade de resposta? Como a organização se relaciona com seus fornecedores de forma a garantir aquisições de alto valor agregado e custo compatível com suas necessidades de processos orientados aos clientes?

· Perspectiva dos Processos: qual é a eficiência e a eficácia dos processos críticos da cadeia de valor que geram “valor agregado” e produtos de alta qualidade e desempenho para o cliente?

· Perspectiva Financeira: será que a organização gera os meios financeiros suficientes para cobrir o risco e o custo do capital e para manter a sua sustentabilidade no futuro? A empresa tem domínio completo e dinâmico sobre a gestão financeira de forma a reduzir custos, eliminar falhas e ser sustentável?

· Perspectiva da Aprendizagem e Crescimento – Colaboradores: O objetivo desta perspectiva é oferecer a infraestrutura que possibilita a consecução de objetivos ambiciosos nas outras perspectivas. A habilidade de uma organização inovar, melhorar e aprender relaciona-se diretamente com seu valor.Essa perspectiva apresenta objetivos voltados à capacidade dos funcionários, dos sistemas de informação e à MOTIVAÇÃO e alinhamento. A organização está preparada para dar poder e conhecimento aos seus colaboradores para que eles possam influir positivamente nas suas estratégias?

A nossa prática da filosofia do BSC no Brasil nos levou às adaptações necessárias com as demais metodologias já existentes e sendo desenvolvidas nas organizações em todo o país ao longo dos ultimos anos e tais experiências nos levam ainda a fazer modificações metodológicas simples e objetivas, sempre dentro do conceito do Total Quality Control (Gestão pela Qualidade Total) que foca a Qualidade, Custo e Prazo como pilares fundamentais para o sucesso organizacional.

Na conclusão do post podemos afirmar que o mais importante de todos os métodos é garantir que estamos satisfazendo plenamente os nossos clientes de forma a ter produtividade e sustentabilidade. Afinal, como dizia Konosuki Matsushita (National Panasonic 1952), o CLIENTE É O REI.

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.