Noticiado no UOL ECONOMIA, no mês passado (Abril) o Brasil subiu no ranking de Tecnologia mas ainda amarga posições muito abaixo do desejado no mercado mundial.

O Brasil subiu cinco posições do relatório global de tecnologia da informação divulgado (Abril, 10) pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Depois de cair da 56ª para a 65ª colocação em 2012, o país deu sinais de recuperação e ficou com a 60ª posição na nova edição do estudo. A Finlândia assumiu a liderança do ranking e desbancou a Suécia, que caiu para a 3ª posição. Cingapura se manteve na 2ª colocação. Holanda e Noruega subiram uma posição e completam a relação dos cinco primeiros mercados na pesquisa.


O ESTUDO

Realizado em parceria com uma rede de 167 organizações em todo o mundo, o estudo avaliou a influência e os impactos da tecnologia da informação e comunicações (TIC) para o desenvolvimento e a competitividade de 144 países. O relatório é baseado na análise nas seguintes vertentes: infraestrutura, qualificação e custo de acesso à tecnologia; preparo de governos, empresas e pessoas para o uso da TIC; ambiente de inovação, de negócios, político e regulatório; e impactos econômicos e sociais gerados pela tecnologia.

Apesar de destacar a melhora do Brasil em aspectos como a oferta e o acesso à infraestrutura de TIC, a pesquisa ressalta alguns pontos de atenção para o país, especialmente na comparação com outros mercados emergentes. “Hoje, o Brasil não tem nenhum diferencial no mapa mundial de tecnologia”, afirmou ao Valor Eric Camarano, diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo, parceiro local da WEF na elaboração da pesquisa. “Ainda estamos no meio dessa massa generalizada que é a América Latina e enfrentamos os mesmos desafios de grande parte dos países da região”, observou.

ONDE ESTAMOS?

Entre os países da América Latina e Caribe, o Brasil foi superado pelo Chile, Porto Rico, Barbados, Panamá, Uruguai e Costa Rica. Na comparação com os BRICS, o país ficou atrás de Rússia e China, e à frente da Índia e África do Sul.

ONDE INVESTIR

Na avaliação de Camarano, para que o Brasil consiga usar os avanços em infraestrutura tecnológica a seu favor, o principal desafio é fortalecer os investimentos em educação e na formação de profissionais capazes de atuar nesse novo ambiente digital. “Esse é o grande gargalo do país. A tecnologia tende a abrir novos modelos de negócios, mas as pessoas têm que estar preparadas para aproveitar essas oportunidades”, afirmou.

Por falar em fortalecimento da Educação, seria interessante que nossos governantes e empresários estudassem a história de Cingapura e sua evolução nos últimos 50 anos. Vejam o livro, “O futuro e Você” de Juan Henriquez, onde o autor relata a importância dos investimentos em educação e em áreas de alta tecnologia e de agregação de valor.

ESTRATÉGIAS

O ambiente regulatório e de inovação são outros dois fatores apontados como essenciais para que o Brasil consiga galgar novas posições no ranking. Nessa direção, Camarano destacou as recentes iniciativas do governo federal para ampliar a oferta de recursos para inovação no país. Em contrapartida, o diretor ressaltou a necessidade de tratar outras questões, como a simplificação da estrutura de custos que incidem sobre o setor e a maior aproximação entre as universidades e o setor privado. “Houve avanços importantes. O que nós questionamos é se eles estão acontecendo na velocidade adequada para que o Brasil consiga reverter isso efetivamente em prol do aumento da competitividade do país”, afirmou Camarano.

Fontes: Uol economia, Movimento Brasil Competitivo, Valor Econômico, WEF.

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.