Pois é, de repente o telefone toca e do outro lado da cidade aparece o meu amigo Toniato com uma questão: A prática da inovação nas empresas – como fazer para aumentar o sucesso dessa cultura da diferenciação? Tinha estacionado o carro para ouvir as ideias, sugestões e indagações do amigo. Fiquei de retornar o assunto mais tarde, desliguei o celular e retomei minha viagem, e ao chegar na 3a. ponte, um enorme engarrafamento. Tudo parado. Peguei meu bloco de anotações e comecei a desenhar um quadro sobre a questão levantada pelo Toniato e quando cheguei no escritório dei um acabamento para mostrar para vocês aqui no blog. É o seguinte:

Começo com o título: A vida como ela é (lembrando Nelson Rodrigues). Na prática, quando falamos na necessidade da INOVAÇÃO como fator de sobrevivência e crescimento da empresa em um mercado ultra competitivo, a maioria das ações ficam no campo da teoria e da mera intenção. Dizem que de boas intenções o inferno está cheio, e é verdade.

No nosso desenho colocamos duas colunas sendo a primeira da área da ROTINA – aqui temos um grande problema! Se queremos inovar na empresa e criar uma cultura que promova a CRIATIVIDADE E A INOVAÇÃO o primeiro passo é criar o ambiente favorável. Gestores que não dão conta da sua rotina em termos de controle e capacidade de delegação, DIFICILMENTE TERÃO TEMPO PARA PENSAR e principalmente para INOVAR. É nesse caos gerencial que aparece aquela famosa frase: Manda quem pode, obedece quem tem juízo, que é igual a “Criatividade Zero, e Inovação Zero”.

A Gestão da Rotina é uma área onde entram os conceitos de eficiência e eficácia tendo como fatores importantes, o treinamento e a delegação da autoridade. Tal fato dá aos dirigentes e lideres tempo para pensar – simples não? Tem apenas um probleminha: tem muito chefe (não líder) que adora mergulhar na rotina – dá uma falsa sensação de utilidade, importando-se com coisas minúsculas e com pouca produtividade no final das contas. Lamentável!!!

A coluna 2, é a da INOVAÇÃO, MELHORIAS CONTÍNUAS (KAIZEN). Para a coluna 2 funcionar é preciso que a coluna 1 esteja sob controle (aí é que mora o perigo). Notaram também o tamanho simbólico das atividades (Imensa rotina e mínima inovação)? – é isso mesmo. Normalmente nossa dedicação está centrada em 90 % do tempo na Rotina e sobra apenas uns 10% para pensar no futuro (para as boas empresas – as inovadoras), porém em muitos casos as empresas estão tão sobrecarregadas na ROTINA que não tem tempo nenhum (nem 0,5%) para pensar no futuro e na INOVAÇÃO – tão necessária.

Lembrando, para encerrar: a ROTINA não garante o sucesso, serve para controlar e manter a posição (ou perder de pouco). A MELHORIA ou INOVAÇÃO é fundamental para a empresa ser LÍDER ou Benchmark no mercado. Em resumo, uma boa gestão da ROTINA é um excelente combustível para o sucesso da empresa pela INOVAÇÃO. Pense nisto, e mova-se em direção ao sucesso!

E aí Toniato, o que você acha das nossas considerações? Pode dar certo?

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.