Mais uma colaboração do amigo Rinaldo Barros para o nosso Gestão & Resultados. Rinaldo nos convoca a repensar o conceito da Sustentabilidade e agir de forma pragmática na busca de uma qualidade de vida superior. Vamos ao artigo:

 

Você já parou para pensar no que significa a palavra “progresso”? E “prosperidade”?

 

Ashampoo_Snap_2014.01.13_17h50m39s_004_Pense mais um pouco, pois as palavras têm força: desenvolvimento, avanço, melhoria, evolução, expansão, ampliação, riqueza, fartura, abundância, qualidade de vida, civilização, trabalho, saúde, educação, informatização, cidades limpas, pontes, estradas, indústrias e muitas outras coisas, que ainda estão por vir e que não conseguimos sequer imaginar.

 

Agora pense um pouquinho mais: será que tudo isso de bom não tem um preço?

 

Será que para ter toda essa facilidade de vida nós não pagaremos nada?

A sabedoria popular ensina que para tudo na vida existe um preço. Pois é, nesse caso não é diferente.

 

O atual modelo hegemônico de crescimento econômico, globalizado, gerou enormes desequilíbrios. Se, por um lado, nunca houve tanta riqueza no mundo, por outro lado, a miséria, a violência, a degradação ambiental, a poluição e a barbárie aumentam geometricamente dia-a-dia.

 

Em contraponto, é totalmente viável a ideia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico e tecnológico com a preservação ambiental e com a redução da pobreza no mundo. Construindo o progresso, a prosperidade, a civilização.

 

Os estudiosos do Desenvolvimento Sustentável (DS), o definem como: equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico, o aumento da produtividade, e o respeito à Natureza, tendo como centro os diversos grupos sociais, na busca da eqüidade social. Alerto para o fato de que o conceito de “eqüidade” é mais realista do que o de “justiça”, pois o primeiro recomenda tratar desigualmente os desiguais.  A meu ver, e acho que o caro leitor concorda, tratar a todos igualitariamente é injusto.

 

Para alcançarmos o DS, a proteção da Natureza tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente. É aqui que entra uma questão primordial: a diferença entre crescimento e desenvolvimento.

 

A diferença é que o crescimento não conduz nem à justiça nem à eqüidade social, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto a não ser o acúmulo de riquezas nas mãos de uma minoria.

O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las eqüitativamente, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, de gerar prosperidade.

 

Ou seja, desenvolver com sustentabilidade é conquistar: 1) a satisfação das necessidades básicas da população (habitação, alimentação, segurança, saúde, educação e lazer); 2) a solidariedade para com as gerações futuras, de modo que elas usufruam de igualdade de oportunidades, que tenham chance de viver melhor no médio e longo prazo; 3) a preservação da identidade histórico-cultural de cada povo; 4) a participação democrática da população de cada comunidade envolvida e; 5) redução da poluição e preservação da diversidade dos recursos naturais: água limpa, oxigênio, fauna e flora.

 

Imagem (38)Para tanto, o olhar da Ciência para essa questão deve ser político (com “P” maiúsculo), e exige uma abordagem teórica informada pela visão pragmática, considerando o Ser Humano como centro da vida no planeta.

 

Todavia, na luta para chegar ao DS, no atual momento histórico, é preciso utilizar a arma do voto com essa perspectiva, refletindo seriamente sobre uma questão fundamental: quem, de verdade, pela sua história de vida, reúne melhores condições, experiência e competência, para administrar como uma ponte para o futuro?

Se a política faz parte da nossa vida e está presente em todas as relações sociais, porque a participação do cidadão comum nesse processo ainda é tão limitada?

 

A única saída é acordar, sair da inércia e enfrentar o grande desafio de assegurar a participação política da população, pois, só através do exercício consciente da cidadania teremos possibilidades de questionar o modelo excludente da nossa sociedade, na busca de soluções.

Resumo da ópera: agora em 2014, o caro leitor vai ter a rara oportunidade de decidir, com a força do seu voto, sobre qual herança deseja deixar para os seus filhos e netos.

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Autor: Rinaldo Barros, colaborador do Gestão & Resultados é professor, escritor e consultor organizacional potiguar – contatos:  [email protected]

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.