Planejamento é uma prática filosófica com a adesão de uma metodologia científica.

O ato de gerenciar é dar vida ao gerenciamento. Não se trata, portanto, apenas alocar recursos para obter resultados, mas, fundamentalmente, liderar pessoas rumo aos resultados com ampla participação, motivação e foco.

Segundo Peter F. Drucker , o líder de maior sucesso neste último século  foi Winston Churchill. Porém, durante doze anos – de 1928 até Dunquerque em 1940 – ele foi totalmente marginalizado, quase desacreditado porque não havia a necessidade de um Churchill. As coisas corriam de forma rotineira. Quando veio a catástrofe, graças a Deus ele estava disponível. Feliz ou infelizmente, a única coisa previsível em qualquer organização é a crise. Ela sempre vem. É quando você realmente depende do líder, afirma Drucker.

O pensamento estratégico, base do planejamento, é uma prática que pode e deve ser aperfeiçoada pelos líderes (e qualquer pessoa) de qualquer ramo de atividade, desde que dediquem tempo e disciplinem o processo. Afinal de contas, quem inicia um negócio, ou recebe a incumbência de gerenciá-lo, deve dominar os principais pontos (externos e internos) de atenção necessários à sua sobrevivência. É o desafio do líder.

De quatro décadas para cá, a organização passou a ser considerada como um sistema aberto, interligado com o ambiente externo. A necessidade de um bom relacionamento entre a organização e seu ambiente externo, fica cada vez mais evidenciada com o advento da globalização, pois as mesmas procuram se estruturar, reduzindo hierarquias e corrigindo distorções, para buscar uma adequação de seus custos juntamente com uma qualificação primorosa, e com isto obter uma maior qualidade nos seus serviços. Tudo isto é feito com extrema velocidade e com alta tecnologia agregada, o que torna a tarefa difícil mas,  prazerosa, pois as novidades acontecem em tempo real.

Com esta nova realidade, os grandes líderes das organizações serão julgados por sua capacidade de identificar, cultivar e explorar as competências essenciais que tornam o crescimento possível e sustentável, o que implica necessariamente repensar o conceito da corporação. Não só atingir estes altos patamares de crescimento, mas ter a habilidade e capacidade de manter por algum tempo o patamar atingido e ainda criar a expectativa de se buscar um novo patamar com melhor desempenho. Kaizen é uma palavra importante neste cenário.

Devemos considerar que tais organizações devem ser flexíveis, se adaptando as mudanças de ambientes externos. Tal flexibilidade deve levar em consideração o mercado de mão-de-obra, os fornecedores, o sistema financeiro, os sindicatos, a concorrência, a comunidade, a tecnologia e, principalmente, os consumidores dos serviços/produtos.

A Receita e o Tratamento – o que podemos e devemos fazer?

A liderança deve ter uma postura cuja essência é analisar constantemente o ambiente externo, organizar, de maneira disciplinada, as maiores tarefas da empresa e encaminhá-las para manter uma eficiência operacional nos seus negócios e guiar a organização para um futuro melhor e inovador.

Antes de mergulhar no Planejamento Estratégico recomenda-se efetuar um diagnóstico básico dentro da organização para evidenciar a cultura organizacional (a história, tipo de pessoas contratadas, processos de trabalho, o exercício da autoridade, etc.), os valores das pessoas (preferências, aversões, pontos de vista, deveres, etc.), a relação de poder (a conduta do líder e dos liderados) e a filosofia empresarial (quais as crenças básicas que os colaboradores possuem). Existem vários tipos de diagnósticos alinhados com a filosófica básica de um planejamento estratégico, entre eles, experimente os critérios do Prêmio Nacional da Qualidade e ou o modelo de Diagnóstico CEBICT composto de 6 grandes áreas de abordagem: Organização, Gerenciamento, Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, Planejamento e Visão Sistêmica.

Após efetuado o diagnóstico básico da organização é necessário que a mesma passe por um período de sensibilização, pois é nesta fase que se deve sensibilizar as pessoas da alta administração para a aplicação do Planejamento Estratégico e uso das estratégias.

Certificando a efícácia do caminho, veja então os principais fundamentos para os Líderes durante a implantação do planejamento estratégico:

a) Todos devem ter visão global do PE;

b) Todos devem se envolver e se comprometer com o processo do PE – utilizar um cronograma para o acompanhamento e controle das ações;

c) Todos devem estar motivados para o processo do PE – para isso é preciso que todos saibam o seu papel dentro do PE;

d) Cada um deve entender o papel do PE na sua atividade e a importância do mesmo no contexto geral da organização;

e) Todos devem entender os conceitos envolvidos no PE.

f) Lembrando mais uma vez: O que torna o PE uma ferramenta fundamental para o sucesso da empresa é o sistema de controle e acompanhamento. Este sistema é como uma fonte de energia que faz o PE sobreviver e dar bons frutos.

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.