Aconteceu na copa. Reportagem do UOL mostra a torcida japonesa, após derrota do seu time para o Costa do Marfim, munidos com sacos de lixo, promover a limpeza do seu espaço na torcida. O fato mereceu destaque na imprensa, mas para quem conhece o modelo nipônico de educação, disciplina e colaboração não se surpreende com a atitude altamente positiva e dignificante da torcida.
Tempos atrás, um presidente de uma empresa de origem japonesa recém chegado ao Brasil não conseguia entender a dificuldade que os brasileiros dessa empresa tinham para manter os seus locais de trabalho e descanso, limpos e organizados. Através do seu chefe do departamento de recursos humanos, introduziu na empresa o PROJETO 5S (já bem conhecido no Brasil: Senso de Descarte, Organização, Limpeza, Saúde/Higiene, Padronização). O projeto não emplacou!
Depois da tentativa, o próprio presidente convocou a diretoria e passou durante uma semana, pessoalmente, munido de baldes, vassouras e produtos de higiene e limpeza, a limpar os banheiros imundos da área industrial. Imaginem a repercussão que esse ato proporcionou…
O exemplo da torcida japonesa bem que poderia contaminar as nossas torcidas, empresas, cidadãos… não é mesmo? Ou como dizia um grupo de CCQ da antiga CST, “melhor do que limpar, é cuidar para não sujar”. Vamos em frente!
Colunista
Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.
