O grande movimento pela Qualidade nos anos 70 foi provocado antes pelo Japão dos anos 50 e 60. Naquela época a ideia que se tinha dos produtos japoneses é a mesma que temos hoje dos produtos chineses – quantidade sem qualidade. Ao longo do tempo, em virtude do sucesso e competitividade dos produtos japoneses as várias técnicas e modos de gestão foram alvo de investigação pelos ocidentais, e ao mesmo tempo, motivo de vários estudos, seminários, debates, etc. e tal.

Termos como o Total Quality Control, Círculos de Qualidade, Just in Time, Kanban, Quality Function Deployment, Total Productive Maintenance, Poka Yoke, QC Tools, Lean Manufacturing, entre outros passaram a fazer parte do vocabulário do mundo inteiro.

O tempo passou, e vieram as novidades da Reengenharia, Metodologia 6sigma, BPM, e várias outras ferramentas ditas novas pela influência, também, das novas tecnologias e em especial aquelas vinculadas ao grande crescimento da informatização. Os modelos eram praticamente os mesmos, mas os processos ficaram mais transparentes e também mais ágeis.

Em todo este conjunto de fatores é bom salientar as recentes demandas nas áreas de SUSTENTABILIDADE e INOVAÇÃO. Parecem temas novíssimos: não são. O tema Inovação é quase bíblico, ou seja, a inovação sendo a criatividade colocada em prática existe desde que o homem é homem, ou desde o tempo das cavernas – sempre que os desafios apareceram, o homem cuidou de enfrentá-los com o máximo de sua inteligência e aplicação, em todas as áreas do conhecimento humano. As invenções dos séculos passados provam esta constatação.

Quanto à Sustentabilidade, é comum que alguns autores dividam-na em outros sub setores e isto foi percebido com clareza na Rio +20. Se concordarmos com a divisão em 5 grandes áreas: Dimensões, Ecológica, Social, Econômica, Espacial e Cultural, podemos obter nessa visão sistêmica uma série de indicadores que podem servir de apoio ao processo da gestão da sustentabilidade com muita precisão – lembrando Fernando Pessoa: “Navegar é preciso (exatidão, probabilidades), viver não é preciso (incerto, possibilidade de falha)”.

Além das considerações – Enfim, o que é QUALIDADE? Trata-se de um termo desgastado ou ultrapassado? Absolutamente que não. Podemos afirmar com muita conviccão. Da mesma forma que subdividimos a Sustentabilidade, podemos dizer que a Qualidade no seu sentido amplo, total, pode ser entendida pelos fatores: qualidade intrínseca (qualidade específica do produto ou serviço), quantidade (requerida pelo cliente ou processo na medida exata), custo (racionalizado e gerenciado), receita (maximizada pelo valor agregado ao cliente), Pessoal (qualificado e motivado), Atendimento (encantamento do cliente), Segurança (preservação da qualidade de vida no trabalho) e Ecologia (prevenção ambiental)…

O que você acha? A qualidade é mesmo um termo ultrapassado? O mercado tem absorvido e praticado esses ensinamentos? Sua empresa domina esta filosofia e tem colocado-a, em prática?

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.