Negócios

Vacina reduz chances de infecção no trato respiratório

O funcionamento dessa vacina é diferente das vacinas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos, pois o Beyfortus já fornece diretamente os anticorpos prontos contra o VSR. Ele se liga ao vírus, impedindo que ele infecte as células do trato respiratório.

Crédito da foto: Freepik/divulgação
Crédito da foto: Freepik/divulgação

A partir deste mês de fevereiro, a Resolução Normativa 624 da ANS torna obrigatória a cobertura da imunização com Nirsevimabe pelos planos de saúde.

O Beyfortus (nirsevimabe) é um anticorpo monoclonal indicado para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) em bebês e crianças pequenas. O VSR é um dos principais causadores de BRONQUIOLITE e pneumonia em lactentes, podendo levar a hospitalizações, especialmente em prematuros, bebês com doenças cardíacas ou pulmonares crônicas e recém-nascidos saudáveis nos primeiros meses de vida.

Segundo o infectologista Lauro Ferreira Pinto, o funcionamento da Beyfortus é diferente das vacinas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos: “o Beyfortus já fornece diretamente os anticorpos prontos contra o VSR. Ele se liga ao vírus, dificultando a infecção das células do trato respiratório, o que é muito bom”, afirma.

“A aplicação é em dose única intramuscular (IM), idealmente logo após o nascimento ou antes do início da temporada do VSR. Para crianças com alto risco, pode ser necessário reforço na temporada seguinte”, explica Felipe Bertollo, médico responsável pela CVP Vacinas.

A eficácia deste anticorpo é comprovada, já que reduz significativamente o risco de hospitalização e complicações graves relacionadas ao VSR. Os efeitos colaterais em geral são bem tolerados. Pode causar reações leves como dor no local da injeção, febre baixa ou irritabilidade. A vacina está disponível na CVP Vacinas.

A indicação de vacinação é para todos os bebês do nascimento até 12 meses de vida; e crianças entre 12 a 24 meses com alto risco de complicações (prematuro extremo, pneumopata entre outros.

A vacina possui poder de redução de 79,5% nos casos de infecção do trato respiratório inferior associados ao VSR; redução de 83,2% nas hospitalizações causadas pelo VSR; redução de 76,4% no risco de infecção grave pelo VSR; redução de 69% nas admissões em UTI pediátrica, além de proteção sustentada por pelo menos 150 dias após a aplicação, eficácia em bebês prematuros e cardiopatas e menor necessidade de suporte ventilatório invasivo.

O funcionamento dessa vacina é diferente das vacinas que estimulam o sistema imunológico a produzir anticorpos, pois o Beyfortus já fornece diretamente os anticorpos prontos contra o VSR. Ele se liga ao vírus, impedindo que ele infecte as células do trato respiratório.

É aplicada em dose única intramuscular (IM), idealmente logo após o nascimento ou antes do início da temporada do VSR. Para crianças com alto risco, pode ser necessário reforço na temporada seguinte.

Alice Sarcinelli
Odontopediatra, Professora, Mestre e Doutora da Universidade Federal do Espírito Santo, foi diretora presidente do Centro Médico Shopping Vitória.