Economia

Artigo | Saiba como o tempo pode ser um aliado ao investir o seu dinheiro

Investir em longo prazo permite maior flexibilidade em diversificar investimentos, o que é importante para reduzir o risco e maximizar a rentabilidade

IBEF-ES

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Pixabay

*Artigo escrito por Thiago Goulart, do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (IBEF-ES)

Nossas decisões nem sempre levam em conta o passar do tempo. Parece assunto filosófico, mas não é. Todos nós tomamos decisões, a partir do contexto presente, do hoje. Contudo, o “eu” do presente, não costuma reconhecer o “eu” do futuro. 

Este é um tema, aliás, extremamente relevante quando pensamos em investimentos e finanças. Assim, o que deveríamos fazer com o dinheiro ao longo do tempo?

O primeiro fator acerca do tempo é que ele afeta a rentabilidade dos investimentos. Investimentos de longo prazo têm geralmente maiores chances de gerar retornos significativos devido ao efeito dos juros compostos, ou seja, os juros ganhos em um investimento são adicionados ao valor do principal aplicado, resultando uma taxa de crescimento exponencial.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Segundo ponto é que um horizonte de tempo alongado permite que suportemos a volatilidade do mercado – medida da variação do preço de um ativo ao longo do tempo –, já que teríamos mais tempo para esperar que o valor dos investimentos se recupere com algum imprevisto.

Investir em longo prazo também permite maior flexibilidade em diversificar seus investimentos, o que é importante para reduzir o risco e maximizar a rentabilidade.

Quando conseguimos compreender que as coisas têm um processo e esse processo leva tempo, carregamos essa postura para a vida adulta. Assim, há um ponto comportamental muito importante a ser considerado: não saber controlar nossos impulsos custa caro. O juro que pagamos, por exemplo, no cartão de crédito, nada mais é do que o preço de não saber esperar.

Um dos motivos para entender a relação das pessoas com o dinheiro é fator determinante na compreensão do comportamento e dos impulsos emocionais que deflagram conflitos e estresse entre casais, famílias, filhos etc. Aliás, isso pode gerar a fobia financeira.

A fobia financeira pode ter efeitos negativos significativos na vida de uma pessoa, incluindo estresse e ansiedade, problemas de saúde mental, dificuldade em tomar decisões financeiras informadas e dificuldade em alcançar metas financeiras.

Existem várias razões pelas quais as pessoas podem desenvolver fobia financeira. Algumas das principais razões incluem:

Falta de educação financeira: as pessoas que não têm uma boa compreensão de como as finanças funcionam podem sentir-se inseguras e incapazes de tomar decisões financeiras informadas.

Experiências negativas passadas: as pessoas que tiveram experiências negativas com dinheiro, como dívidas ou problemas financeiros, podem desenvolver uma relação negativa com o dinheiro e sentir ansiedade em relação às finanças.

Medo de perda: as pessoas podem ter medo de investir seu dinheiro e perdê-lo, o que leva a uma evitação de investimentos e a manutenção de dinheiro inativo.

Pressão social: as pessoas podem sentir pressão para manter aparências financeiras, o que pode levar a gastos excessivos e endividamento.

Trauma financeiro: eventos financeiros traumáticos, como perda de emprego ou desastres naturais, podem levar a problemas financeiros graves e uma fobia financeira.

Há um ditado que diz: o prazer é uma referência do hoje e o benefício, do amanhã. Sempre leve em consideração o tempo ao esboçar seus planos. As pessoas têm muita dificuldade de deixar de fazer algo hoje, por alguma coisa que não se sabe o que vai acontecer no futuro. O tempo das decisões, geram escolhas mais assertivas.    

LEIA TAMBÉM: Artigo IBEF-ES | Compliance como aliado à estratégia das organizações

Pontos moeda