Economia

Veja o que muda na Previdência Privada em 2025

Uma das principais alterações que passam a valer este ano é a possibilidade de o investidor escolher como vai pagar o imposto na hora de sacar os valores

Edu Kopernick

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Se a aposentadoria teve mudanças a partir deste ano, definidas em 2019 pela Reforma da Previdência, que envolvem pontos como idade, tempo de contribuição e regras de transição, a Previdência Privada também tem novidades. A partir deste ano, é permitido aos participantes escolher o regime de tributação na hora do resgate dos valores acumulados. Veja no fim desta reportagem a tabela explicativa.

As mudanças nas regras foram definidas por lei no início do ano passado e já estão em vigor. “Anteriormente, os participantes precisavam escolher o regime de tributação (progressivo ou regressivo) no momento da contratação do plano de previdência. Agora, a decisão pode ser feita no momento do resgate dos valores acumulados”, explicou o especialista em investimentos, professor universitário e apresentador do videocast Me Tira do Perrengue, Érico Colodeti Filho.

Érico também explica que no regime progressivo, o imposto é calculado com base na tabela progressiva do Imposto de Renda. Quanto maior o valor resgatado, maior a alíquota aplicada, podendo chegar a 27,5%. No regime regressivo, quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido, menor será a alíquota, partindo de 35% para investimentos com menos de dois anos até 10% para períodos acima de 10 anos.

Foto: Reprodução TV Vitória
Érico Colodeti Filho: várias possibilidades 

O regime progressivo é para quem tem menos recursos, porque a alíquota começa baixa e termina alta. Então, a pessoa que ganha pouco, deve optar pelo regime progressivo porque as alíquotas são menores, com rendimentos menores. Quem ganha muito dinheiro, normalmente opta pelo regime progressivo, porque quanto mais tempo o dinheiro fica no fundo, menor a alíquota. Então, regressivo é para quem ganha muito dinheiro, progressivo para quem ganha pouco”, pontou Érico.

O especialista disse ainda que quem usa a Previdência para o seu real propósito, que é o de ter uma renda depois de se aposentar, a tabela regressiva é a melhor escolha. Para quem quiser utilizar a Previdência como um investimento de curto prazo, a tabela progressiva é a melhor escolha.

“A Previdência Privada é um fundo, que tem rentabilidade. Esse fundo pode ser atrelado de várias maneiras. Por exemplo, você pode ter um fundo de renda fixa, vai acompanhar o CDI. Você pode ter um fundo que vai ter 50% dele em renda fixa e os outros 50% acompanhando o Ibovespa. Então, como ganho dinheiro com a Previdência? Com o passar do tempo, o patrimônio vai ser remunerado mediante a composição que você criou. E aí quando você for sacar ou quando você for resgatar, você vai usufruir desse acúmulo”.