Economia

Governo quer revogar lei que devolve a famílias de baixa renda do ES parte do imposto pago

Executivo estadual encaminhou à Assembleia Legislativa um projeto de lei que revoga efeitos de norma sancionada em dezembro de 2023 e que começaria a valer em abril

Foto: Divulgação

Aprovada no início de dezembro do ano passado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e sancionada pelo governo do Estado no dia 19, a lei do Executivo estadual que criou o “Programa ICMS Solidário” no Espírito Santo, instituindo um cashback tributário em território capixaba, poderá ser revogada em breve.

Isso porque o governo do Estado protocolou, nesta sexta-feira (9), um projeto de lei revogando a norma que ele mesmo propôs e sancionou há cerca de dois meses, e que passaria a valer em abril deste ano. 

Na justifica da matéria enviada à Ales, é alegada falta de lastro financeiro para concessão do benefício.

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O Executivo estadual sustenta, na matéria protocolada junto ao Legislativo, que o impedimento à efetivação do cashback tributário está diretamente relacionado à revogação, também em dezembro de 2023, da norma que aumentava a alíquota básica do ICMS de 17% para 19,5%. 

A medida chegou a ser aprovada pela Ales e sancionada pelo governo, que depois recuou da decisão. 

Veja abaixo justificativa do projeto que cancela o cashback tributário

Foto: Reprodução

Medida visa beneficiar famílias de baixa renda

Conforme o texto da lei que criou o ICMS solidário, a medida objetiva beneficiar, inicialmente, as famílias consideradas de baixa renda no Estado.

Na prática, o cashback tributário promovido a partir do ICMS solidário ocorreria da seguinte forma: os consumidores cadastrados no programa acumulam, a cada compra, créditos que poderão ser utilizados em novas compras nos respectivos estabelecimentos, ou devolvidos em espécie por meio do sistema de cashback.

Protocolado nesta sexta-feira, o projeto do governo revogando a lei deve ser apreciado pela Assembleia após o recesso de Carnaval.