Economia

Coronavírus e guerra comercial causam o maior tombo da Bolsa em 20 anos; dólar tem alta histórica

Índice do Ibovespa teve queda de 12,17% e chegou a 86.077 pontos, menor pontuação desde o final de 2018; dólar chegou perto de R$ 4,80

Foto: Agência Brasil

O dia péssimo para o mercado financeiro mundial também atingiu fortemente o Brasil. O índice Ibovespa caiu 12,17%, para 86.075,87 pontos. A mínima do dia foi de 85.879,64 pontos, menor patamar desde o final de 2018.

A queda histórica da Bolsa se deveu à guerra comercial entre Arábia Saudita e Rússia, que fez despencar o preço do barril do petróleo, e pelo temor dos efeitos da epidemia do coronavirus nas economias mundiais.

A queda do preço do petróleo acertou em cheio as ações da Petrobras, que chegaram a cair mais de 30%. Segundo o Estado de São Paulo, às 16h14, a empresa tinha perdido mais de R$ 90 bilhões de valor de mercado.

A Bolsa chegou a ativar o circuit breaker, dispositivo que interrompe os negócios quando há uma queda brusca. A última vez que isso havia acontecido foi em 2017, no dia que ficou conhecido como Joesley Day.

O valor do petróleo também chamou atenção no mercado. O barril do brent fechou em queda de 24,1%, a US$ 34,36. Na mínima do dia, o barril chegou a cair 30%, maior recuo diário desde 1991, durante a Guerra do Golfo.

Dólar

O dólar teve mais um dia de recorde histórico. A moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,79 durante a manhã. Para interromper o movimento de alta, o Banco Central chegou a vender, à vista, US$ 3 bilhões das reservas nacionais no mercado. No final do dia, a cotação foi de R$ 4,72.