O período mais delicado da pandemia também deixou marcas na economia. O preço dos carros zero quilômetro atingiram patamares extraordinários, o que levou consumidores a uma corrida em busca dos seminovos.
Porém, há quem ainda busca estilo e sofisticação mesmo em veículos que já possuem experiência de estrada e um desses exemplares de estilo está no cobiçado teto solar.
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Pensando na possibilidade de alinhar o conforto do teto solar com a busca pela pechincha, a Mobiauto realizou um levantamento com veículos que dispõem da tecnologia e que custam no máximo R$ 30 mil, com opções de acionamento manual ou elétrico.
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1. FIAT STILO
Com o famoso teto solar Sky Window, o Fiat Stilo caiu no gosto do público no começo dos anos 2000. Neste modelo, o dispositivo é formado por folhas que, quando abertas, ficavam recolhidas na parte de trás, dando um visual ainda mais esportivo para o carro.
Preço médio Mobiauto: R$ 28.650
2. PEUGEOT 206
Lançado no final da década de 1990, o Peugeot 206 ficou conhecido como um dos hatches compactos de maior sucesso da marca francesa.
No fim da sua vida no mercado nacional, o hatch estreava a versão 206 Moonlight, edição especial que trazia o teto solar de série combinado ao motor 1.4. À época, o intuito da montadora era dar uma sobrevida ao veículo.
Preço médio Mobiauto: R$ 18.200
3. Nissan Tiida
Embora não seja muito lembrado, o Nissan Tiida é uma boa opção de carro equipado com teto solar e que segue dentro dos R$ 30 mil. Com porte médio, seu design não é dos mais convencionais, mas esse Nissan se destaca pelo bom espaço interno.
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A boa notícia é que o hatch médio da marca japonesa que era importado do México é achado com relativa facilidade com teto solar em classificados, principalmente nas versões mais caras, como o Tiida SL.
Preço médio Mobiauto: R$ 29.500
4. Chevrolet Astra
O Chevrolet Astra é mais um modelo da lista disponível nessa faixa de preço. Embora seja mais comum encontrar unidades do Astra hatch equipadas com teto solar, também é possível encontrar o Astra Sedan 2.0 com esse cobiçado item.
Via de regra, o modelo tem o teto solar nas versões GLS no sedã, além da SS e GSI no Astra Hatch.
Preço médio Mobiauto: R$ 21.000
5. Citroën C3
O Citroën C3 também é um carro com teto solar que esteve disponível para a primeira geração do hatch nas versões Exclusive e Solaris.
Trata-se da mesma estratégia do Peugeot 206 Moonlight, naquela atualização em busca de dar um diferencial ao modelo ou mesmo rechear a lista de equipamentos para manter a relevância no mercado.
Preço médio Mobiauto: R$ 27.400
6. Audi A3
No mercado de usados e até mesmo seminovos, o Audi A3 se destaca nas versões equipadas com teto solar, equipamento que acaba deixando de ser uma exclusividade como nos compactos para ser um item muito buscado entre os hatches médios.
Preço médio Mobiauto: R$ 29.000
7. Volkswagen Bora
Em sua última versão mais vendida no Brasil, o Volkswagen Bora contava com uma reestilização que se caracterizava pelos faróis com elementos redondos, o que acabava destoando das linhas mais quadradas.
Design à parte, o sedan médio derivado do Golf é uma opção no mercado com teto solar e preço de até R$ 30 mil.
Preço médio Mobiauto: R$ 29.990
Cuidados com o teto solar
Apesar do conforto e até mesmo do estilo proporcionado pelo teto solar, alguns cuidados devem ser levados em consideração na hora de comprar um veículo com esse dispositivo e os cuidados devem ser ainda redobrados se tratando de um carro usado.
Em entrevista à reportagem do Folha Vitória, o especialista em Engenharia Automotiva Everton Peroni, explicou que carros que estão abaixo da faixa dos R$ 30 mil, em sua maioria, possuem mais de 12 anos e com isso podem estar com as borrachas internas em estado deteriorado e isso impacta no bom funcionamento do teto solar.
“No teto solar, os acabamentos são todos em plástico ou borracha, ou seja, eles precisam ser revitalizados e passar por manutenção periódica, onde se recomenda que seja feita a cada 10 mil quilômetros rodados”, afirmou.
Segundo o especialista, sem manutenção, o dispositivo pode sofrer com infiltrações, um problema que pode resultar em grandes prejuízos.
“Com o tempo e a falta de manutenção, o teto solar pode sofrer com infiltrações, pode acontecer também a quebra da carretilha, que é onde desliza o vidro panorâmico ou o teto. Geralmente são usadas graxas específicas ou vaselina.”
Chuva pode quebrar o teto solar?
Uma das preocupações a respeito do teto solar e da sua resistência a intempéries é em relação à chuva. Everton ressalta que, apesar do medo geral, “A chuva de granizo é mais fácil danificar a pintura do que o vidro panorâmico”.
“Os tetos são muito resistentes, podemos tirar esse mito de que a chuva pode danificá-lo, mas existe o efeito contrário que é, com a chuva, se o teto panorâmico ou o teto solar não estiver passando pelas manutenções periódicas, pode ocorrer a infiltração e com o tempo o desgaste das frestas e até mesmo a quebra das carretilhas”, reforçou.
Cuidado com a velocidade!
Não só a chuva ou a falta de manutenção pode ser as vilãs dos tetos solares. A velocidade, por mais incrível que pareça, também entra nessa lista.
Peroni afirma que carros que dispõem dessa tecnologia deve ser guiados com uma certa cautela quando o teto encontra-se aberto. Isso porque a alta velocidade pode até mesmo quebrar o dispositivo.
“Geralmente, quando se usa o teto solar SkyDome ou Sky Window é recomendado que você não exceda a velocidade de 80km/h com o teto aberto porque isso pode ocasionar a quebra do teto.”
Além disso, o especialista também explica que o uso constante do teto solar aberto pode impactar até no consumo de combustível, pois segundo ele, o dispositivo quando acionado altera a aerodinâmica do carro.
“Andar com o teto aberto aumenta o consumo de combustível porque aumenta a resistência à passagem do ar, deixando o carro mais pesado, o que força o aumento no consumo de combustível.”